O município de Mirandela deixou fugir verbas para a recuperação e construção de açudes nos rios Tuela, Rabaçal e Tua, abrangendo diversas localidades do concelho. O custo das obras era financiado a 100% a fundos perdidos.
A cabeça de lista do PS, na última campanha eleitoral para as autárquicas (2021 - 2025), prometeu recuperar e construir açudes, em várias freguesias do município, elencando esta medida como prioritária.
Até aqui, nem o gato foi às filhós, nem a medida parecia estranha. Mas…há sempre um "mas", caros leitores...era preciso apresentar o projeto de cada açude para poder usufruir da verba. Os projetos não foram atempadamente apresentados e a verba não pode ser usada, apesar da medida ter sido elencada como PRIORITÁRIA.
Se a câmara não tinha técnicos, com competências para tal, devia solicitar o serviço a entidades externas. Deixar escapar o dinheiro - 100% a fundo perdido - é coisa impensável e imperdoável.
Torre de Dona Chama, no sítio da Ponte de Pedra – Monumento Nacional Romano, investiu em equipamento de lazer, sendo que não haverá praia alguma por não ter sido feito o projeto necessário à construção de um açude. A atual Edil, na última campanha eleitoral, muito apregoou a dita praia fluvial como uma prioridade, mas os flamenses ficaram a ver Braga por um canudo.
Os açudes são necessários para a retenção de água: face a períodos de seca prolongada e para a fruição de banhistas.
Sendo a praia fluvial da Ponte de Pedra de extrema importância para a vila de Torre de Dona Chama, seus habitantes e atração de turistas, pode denotar-se mais um fator de abandono e exclusão da maior freguesia rural de Mirandela.
É profundamente lamentável que a autarquia mirandelense não tenha estofo para bem gerir o município. Assim não vamos lá.
