Batista Jerónimo

Batista Jerónimo

Porque é que é tão difícil?

O País é de todos os portugueses, embora por um período efémero, alguns actores políticos, assumem-se como os verdadeiros senhores da verdade, da sabedoria e até do que é melhor para o outro, uns sábios. Na verdade, existem pensadores que pela sua cultuar, experiência acumulada e estudo aprofundado conseguem ver melhor e mais longe, mas dificilmente na maioria dos activos da classe política.

Na minha humilde opinião e fazendo uma metacognição, baseado no empirismo de alguns anos, acredito neste Pais, nas pessoas capazes de se reinventar, sacrificar e nos (poucos) filantropos.

Necessitamos como povo responsável, de literacia, de cidadania, uma “pulverização” de ética, moral e honestidade, na política e não só.

São só os partidos que têm a exclusividade da organização, governação e iniciativa legislativa. Neste alinhamento continuo a defender que só como militantes de um partido é que conseguimos livrar-nos dos “alpinistas”, dos “abichadores” que se alimentam da cobardia dos ditos independentes, que não deixam de ser dependentes e manipulados por uma minoria, que com meia dúzia de votos, controlam o partido no Concelho, no Distrito e no País.

Somos um País com 10 819 122 eleitores e, para falar do partido do qual sou militante, PNS é candidato a Primeiro-Ministro com os votos de 24 080 eleitores, o que corresponde a 0,223% do total do País. Cotejando com o Distrito ou Concelho esta minoria é mais significativa.

É por esta via que alguns, por vezes mal formados, incompetentes e corruptos nos (des)governam, além da condenável abstenção.

Os responsáveis políticos sentem-se tão seguros da sua base de apoio que os leva a fazer promessas sobre promessas reiteradamente incumpridas, tudo porque somos muito conservadores e pouco exigentes com aqueles a quem confiamos o voto.

E, nós votantes (ainda) acreditamos neles e fundamentalmente nos “fazedores de opinião” (independentes!) que todos os dias da semana, do mês e do ano, nos entram em casa pelas RS, jornais e principalmente pelas televisões.

Sim, depois de aqui chegados, a esta situação política, económica e social, sabemos todos aquilo que é necessário fazer, inclusive a dita classe política. Para implementar as reformas, para governar este País, para alterar a Constituição, só é possível com 2/3 de controlo na AR. Porque não um Bloco Central (PS e PSD) por um período de tempo alargado, sem alterações nas datas das eleições para as legislativas, podendo ou não mudar o PM e até alguns Ministros? Um Governo de Interesse Nacional.

Estaríamos a fortalecer a democracia, a confiança e credibilidade aos responsáveis políticos que a história os imortalizaria. JLC, disse que se perdesse as eleições, viabilizava um governo do PSD, a fim de evitar os extremismos. Seria um passo para o “bloco central”?

A dificuldade do entendimento para o bloco central está exclusivamente na distribuição dos “tachos”, na necessária alternância dos lugares políticos (alimentar correligionários), na manutenção dos incompetentes controladores, por outras palavras, nos interesses pessoais daqueles que se alimentam à mesa lauta do Estado.

"Quando os ventos da mudança sopram, algumas pessoas constroem muros; outras constroem moinhos de vento." a/d.

Baptista Jerónimo, 25/01/24

.



Partilhar:

+ Crónicas