O PS aposta em Alexandre Favaios para segurar a Câmara de Vila Real, um antigo bastião ‘laranja’ conquistado pelos socialistas em 2013, com Alina Vaz a encabeçar a coligação PSD/IL para tentar recuperar a liderança do município.

Na corrida às autárquicas, marcadas para 12 de outubro, foram anunciadas quatro candidaturas à câmara de Vila Real, primeiro a do Chega, depois a do PSD, PS e da CDU. A coligação entre o PSD e Iniciativa Liberal (IL) foi anunciada a 10 de junho.

A câmara transmontana foi conquistada em 2013 pelo PS liderado por Rui Santos, que pôs fim a 37 anos de gestão social-democrata.

O autarca atingiu o limite de mandatos e a aposta do PS para as autárquicas 2025 recaiu sobre Alexandre Favaios, que assumiu a presidência da câmara depois de Rui Santos renunciar ao mandato para ser deputado na Assembleia da República.

Psicólogo de formação, o candidato está no município há 12 anos, ocupando a vice-presidência durante o último mandato.

Alexandre Favaios disse querer pegar no “passado recente e na herança riquíssima que recebeu de Rui Santos e das suas equipas e juntar-lhe um novo cunho, novos protagonistas, novas propostas e avançar para um futuro ainda melhor”.

Para tentar recuperar a liderança no município, o PSD concorre coligado com a IL e aposta em Alina Vaz, diretora do Centro de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e presidente da concelhia social-democrata.

“Vila Real tem tudo para liderar a região, todos sabemos que é possível fazer mais e melhor, mas foram 12 anos à margem e sempre à espera que as soluções viessem de Lisboa ou do Largo do Rato [sede do PS em Lisboa], enquanto outras cidades avançavam com estratégia e visão”, afirmou Alina Vaz.

A candidatura do Chega é encabeçada pelo professor Alberto Moura, que começou o percurso político na JSD, foi deputado na Assembleia Municipal pelo PSD, vereador no município e, em 2019, foi coordenador distrital do Partido Aliança.

“Esta candidatura é o resultado do trabalho de uma equipa unida, com uma visão clara e soluções concretas para os desafios que Vila Real enfrenta. O nosso projeto é sólido, assente nos princípios do rigor, da transparência e da proximidade, com propostas pragmáticas e realistas”, referiu o candidato pelo Chega.

Pela CDU avança o professor Carlos Quinteiro, antigo presidente da Junta de Freguesia de Lamares (2005) e candidato da CDU à Câmara de Felgueiras (2009).

O cabeça de lista pela coligação PCP/PEV defendeu “uma gestão democrática, transparente e em permanente diálogo com os munícipes” e “uma relação de proximidade entre eleitos e eleitores no acesso aos serviços e na construção de soluções para os problemas, para que se construa uma vida melhor”.

Em 2021, o PS ganhou as eleições autárquicas em Vila Real com 17.472 votos (58,44%) e conquistou cinco mandatos, a coligação PSD/CDS obteve 8.576 votos (28,68%) e dois mandatos, ficando o Chega em terceiro lugar com 1.246 votos (4,17%), seguindo-se o Bloco de Esquerda com 802 votos (2,68%) e a CDU com 633 votos (2,12%).

O PS obteve a maioria na Assembleia Municipal com 13 deputados municipais, o PSD/CDS sete e o Chega um. O PS conseguiu ainda o pleno nas 20 freguesias, com candidatos próprios ou apoiados pelo partido.

Em 2011, o concelho transmontano tinha cerca de 52.000 habitantes, registou uma queda até aos 49.600 em 2021, voltando depois a subir. De acordo com o portal Pordata, em 2023 residiam neste município 49.928 habitantes.

No entanto, o Túnel do Marão, inserido na Autoestrada 4 (A4), tornou Vila Real num concelho central, possuindo, por isso, também uma significativa população flutuante que ali trabalha ou estuda, designadamente nos hospitais público e privados ou na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Em 2023, a densidade populacional deste município era de 131,8 habitantes por quilómetro quadrado.



PARTILHAR:

António Morais é pela quinta vez candidato da CDU à Câmara Municipal de Bragança

Bragança com dois candidatos para outubro à câmara municipal