Dezenas de pessoas não perderam a oportunidade de participar na peregrinação noturna à Nª Sr.ª da Serra situada no topo da Serra do Marão. Foram percorridos cerca de 19 quilómetros desde a Aldeia de Gestaçô (Baião) até aos 1416 metros de altitude.
Há hora marcada, dezenas de pessoas concentraram-se junto à igreja matriz de Gestaçô, para dar início à peregrinação noturna, até ao pico de umas das elevações mais altas de Portugal Continental, com 1416 metros de altitude onde está a Capela da N.ª Sr.ª da Serra.
Alguns por razões religiosas outros por razões lúdicas, juntam-se num ambiente descontraído até ao topo da Serra do Marão.
Esta romaria celebra-se no 2ª domingo de Julho e realiza-se há dezenas de anos, uma das mais típicas e antigas festividades desta região. Atualmente é organizada pelo Pároco Jorge Coutinho do concelho de Baião, que também realiza a caminhada com todos os participantes, “esta caminhada nos moldes em que se encontra surgiu há quinze anos, embora as pessoas já caminhem à muitos anos desde a Teixeira de Mesão Frio por exemplo, e fazem esta caminhada por motivos lúdicos, mas a maioria por motivos religiosos é como um agradecer a deus e à Nossa Senhora por os auxiliar nalgumas circunstâncias”, refere.
É num ambiente de descontraído e de interajuda que todos os participantes, dos mais novos ao mais velhos, percorrem a trilho durante a noite, com algumas paragens durante o percurso nalgumas capelas das localidades locais para uma oração conjunta, e ainda uma paragem a meio da caminhada, para um reforço alimentar, na Tasca do Valado que se situa na aldeia de Mafômedes, em plena encosta da Serra do Marão, “há 15 anos o único percurso viável que existia era a estrada nacional 15 até ao topo, agora com as estradas de montanha é tudo muito mais disperso, mas acaba por ser mais agradável ver grupos de pessoas que sobre de vários locais normalmente é um ambiente descontraído, alegre e muitas das vezes um ambiente de interajuda entre todos, manifestando a solidariedade e o amor pelo próximo, participam pessoas dos 8 aos 70, mas o problema não é os número de quilómetros mas é sempre em altitude”, afirma Pe. Jorge Coutinho.