O incêndio que lavra na serra do Alvão, em Vila Real, e que já estava em fase de resolução, sofreu pelas 17:30 uma forte reativação em zona de pinhal e mato de Outeiro, segundo a Proteção Civil.
Este fogo começou no sábado, dia 02, em Sirarelhos, concelho de Vila Real, serpenteou a serra do Alvão e entrou em fase de resolução por duas vezes, na quarta-feira e esta madrugada.
Pelas 17:30 de hoje voltou a sofrer uma forte reativação em zona de mato e pinhal de Outeiro.
De acordo com a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 18:00 estavam ainda mobilizados para esta ocorrência 200 operacionais, apoiados por 99 viaturas e três meios aéreos.
Bombeiros e militares do Exército atentos a reativações na serra do Alvão
Bombeiros, militares do Exército e duas máquinas de rasto, com o apoio de dois helicópteros, estão hoje na serra do Alvão, Vila Real, a combater reativações, fazer consolidação e vigilância, disse o segundo comandante sub-regional do Douro.
“Temos todo o dispositivo ao longo do perímetro a fazer vigilância, ações de consolidação e combater uma ou outra reativação que tem surgido. Neste momento o cenário é tranquilo”, afirmou José Requeijo à agência Lusa por volta das 13:00.
Este fogo começou no sábado, dia 02, em Sirarelhos, entrou em fase de resolução na quarta-feira, esteve em conclusão e reativou no sábado à noite, pelas 21:06, tendo ganhado dimensão na tarde de domingo devido ao vento forte e às altas temperaturas.
A reativação entrou em fase de resolução na madrugada de hoje.
O fogo andou no alto da serra durante quase uma semana e, no domingo à tarde, empurrado pelo vento, desceu e chegou a aldeias como Relva, Muas, Agarez, Ramadas, Outeiro, Borbela e à parte de cima da vila de Lordelo, tendo atingido área do Parque Natural do Alvão (PNA).
Hoje, espalhados pelo terreno estão cerca de 330 operacionais, maioritariamente bombeiros, com 107 viaturas, ainda dois pelotões do Exército com 50 militares e duas máquinas de rasto do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
O segundo comandante sub-regional do Douro disse ainda que os dois meios aéreos mobilizados para este incêndio estão a combater reativações e a arrefecer pontos quente.
As preocupações centram-se no período da tarde, devido ao aumento das temperaturas que se fazem sentir nesta região.
“Esperamos que a forma como temos planeado e conforme temos posicionados os meios seja suficiente para mantermos o dia mais calmo”, referiu José Requeijo.
O comandante disse que a “pressão é muito grande” devido à grande quantidade de ocorrências que há, principalmente, no Norte e Centro do país, mas frisou que se vai tentar “manter o máximo do dispositivo e da capacidade” no terreno.
A serra do Alvão espalha-se por Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Vila Real e Mondim de Basto, e, no espaço de uma semana, já ardeu área dos quatro concelhos, em três incêndios diferentes (Sirarelhos, Pinduradouro e Alvadia).
Fotografia: Meteo Trás-os-Montes