O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, considerou hoje uma instrumentalização da fé “para fins de campanha de eleitoral” que o presidente do PSD, acompanhado pelas televisões, tenha ido cumprimentar sua mulher em peregrinação a Fátima.

“Eu acho que aquilo que nós assistimos hoje é muito triste do ponto de vista moral. Ouvi Luís Montenegro dizer que era pessoal, mas também sabemos todos que foram convidadas as estações de televisão a registar”, respondeu Pedro Nuno Santos aos jornalistas no final do comício de Vila Real.

Na opinião do líder do PS, se era um momento pessoal do primeiro-ministro não era preciso ter “convidado as estações de televisão para registar o momento”.

“Acho que é só triste, é instrumentalizar a fé para fins de campanha de eleitoral, mas diz muito sobre a pessoa que é Luís Montenegro”, sustentou.

O presidente do PSD afirmou hoje que o encontro que teve com a sua mulher Carla, que é peregrina a Fátima, teve um caráter pessoal e recusou que essa sua visita possa ser objeto de aproveitamento político.

“Foi dar cumprimento à sua profissão de fé e é uma componente pessoal dela”, contrapôs, em declarações aos jornalistas à margem de uma ação de campanha em Ovar, antes de ser interrogado se esse seu ato não gerará críticas da oposição.

“Era o que faltava, [porque] é uma questão completamente pessoal. É pessoal”, frisou o primeiro-ministro.

A seguir, porém, Luís Montenegro foi confrontado com o facto de alguma comunicação social ter sido previamente avisada dessa sua deslocação.

O líder social-democrata respondeu: “Não sei se foi avisada ou se não foi, estiveram aqueles que puderam estar – e não é isto que é significativo”.

Perante a insistência dos jornalistas se essa sua visita não poderá ser encarada como um aproveitamento político, reagiu: “O que fico admirado é com as vossas perguntas, com franqueza”.



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