O cabeça de lista do PS por Vila Real, Rui Santos, desafiou hoje "o futuro" primeiro-ministro Pedro Nuno Santos a deslocalizar todo o Ministério da Agricultura para fora de Lisboa e a ser "resiliente no compromisso" com a regionalização.
“Todo o Ministério [da Agricultura], incluindo o seu ministro, devem sair da capital e devem vir para o interior”, afirmou Rui Santos durante um comício em Vila Real, que contou com a presença do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e que concluiu o sexto dia de campanha socialista.
O candidato socialista transmontano disse a Pedro Nuno Santos que os “sinais também são muito importantes” e, porque o grosso da atividade agropecuária do país acontece no interior, desafiou o líder do PS a, nas próximas duas legislaturas, deslocalizar “a totalidade do Ministério da Agricultura para fora de Lisboa”.
“Não falo de uma qualquer direção-geral ou até de uma das secretarias de Estado. O meu desafio, o nosso desafio, é de todo o ministério, incluindo o seu ministro”, salientou, considerando que, se esta deslocalização já fosse uma realidade, a Casa do Douro, reposta como associação pública de inscrição obrigatória, já teria orçamento e competências.
Já haveria também, frisou, um “plano de emergência para ajudar” os agricultores, em particular os do Douro que correm o risco de chegar à terceira vindima consecutiva com dificuldades em escoarem a produção, pois "o comércio e a exportação recusam receber as uvas", alegou.
O segundo desafio lançado por Rui Santos, presidente da Câmara de Vila Real com mandato suspenso para ser candidato às legislativas, foi sobre a regionalização.
“É que sejas absolutamente resiliente no compromisso com a regionalização, que não aceites qualquer entrave a esta aspiração antiga”, apelou.
O terceiro desafio está relacionado com a criação do curso de medicina na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), há muitos anos reclamada localmente para ajudar a fixar médicos na região.
“O momento é agora. Façamos aqui este pacto entre nós, tu sabes que a palavra de um transmontano vale mais do que qualquer assinatura”, frisou Rui Santos