No decorrer do Encontro Empresarial do Sector Automóvel do Trá-os-Montes, realizado no passado fim de semana, em Vila Real, onde a Direcção da ANECRA lembrou que a estagnação que se vive nas actividades inerentes ao Sector Automóvel, constitui uma das principais preocupações da Associação, suscitando a necessidade de preparação e apresentação de diversas propostas, destinadas às tutelas Governamentais, tendentes a assegurar a inversão do actual estado de crise.

Conclui-se neste Encontro que a tendência recessiva da economia portuguesa e o elevado peso da carga fiscal incidente sobre o Automóvel, assumem-se, como as principais causas dessa grave situação que se vive no Sector Automóvel. Segunda a ANECRA a evolução das vendas registadas nos últimos anos, espelha com rigor, essa realidade, sendo elucidativa a circunstância de, após um ano de 2005, caracterizado por uma estagnação nas vendas, consubstanciada através de uma redução de 34%, face a período homólogo do ano 2000, se continuar a assistir, no presente ano, a um novo agravamento dessa situação, materializada no 1º trimestre, através de uma quebra de 2% no mercado total de Veículos Automóveis, face ao 1º trimestre de 2005, situação que se manteve, acentuadamente, no mês de Abril.

Correspondendo às veementes instâncias do movimento Associativo, em particular da ANECRA, o Governo decidiu, recentemente, criar um Grupo de Trabalho para a reforma do Imposto Automóvel, que funcionará no âmbito da Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, dando assim, concretização ao definido no Programa do Governo e às medidas constantes, na Resolução do Conselho de Ministros, de Outubro de 2005, o esta Associação aplaude, fazendo votos para que, já no Orçamento do Estado para 2007, sejam visíveis os resultados produzidos por este Grupo de Trabalho.
Neste Encontro da ANECRA lembrou ainda que, um representante da Direcção Geral das Alfândegas e Impostos Especiais sobre o Consumo, tenha anunciado, no contexto de um Seminário sobre esta matéria, que o Sistema de Incentivos ao Abate de Veículos em Fim de Vida, se assume como um processo extremamente burocratizado e fastidioso, o que se constitui como único culpado, por apenas a ele terem recorrido 33.000 interessados, em cinco anos, o que determinou a que seja proposta a agilização de um processo desta natureza, em apenas um dia. A ANECRA saúde esta óptima notícia, fazendo votos para que seja concretizada no imediato.

Tem havido quem se tenha apressado a apontar o dedo à ANECRA, por defender e patrocinar o Tuning. A Associação referiu que continuará empenhada no apoio ao Tuning e não às actividades paralelas ou similares, em que a velocidade excessiva e outras práticas abusivas fora do contexto, põe em causa a Segurança Rodoviária.

De acordo com os estudos realizados pela ANECRA, dados a conhecer neste Encontro, a situação económica das empresas do Comércio e da Reparação Automóvel e, em especial, as Independentes, tem vindo a piorar. Os dados recentes do Inquérito de Conjuntura lançado pela Associação, revelam que, nestas empresas, quer o número de obras semanais, quer o indicador Taxa de Ocupação, decresceram em 2006 quando comparadas com o período homólogo de 2005.
A ANECRA congratulou-se ainda com a recente publicação do Decreto-Lei nº 83/2006, de 3 de Maio, que veio aprovar novas regras e procedimentos impostos às Seguradoras, no âmbito do Seguro Automóvel, especialmente no que diz respeito às reparações de danos relacionados com colisões rodoviárias, o que vem de encontro, em grande parte, às sugestões e propostas preconizadas pela Associação. A ANECRA aplaudiu ainda, esta legislação, por consignar a possibilidade de criação de Códigos de Conduta e Boas Práticas, entre Associações e eventualmente com outros parceiros, como será o caso das Seguradoras, dando, assim, satisfação, às propostas apresentadas, de forma pioneira e insistente pela ANECRA, às respectivas Tutelas Governamentais.

A ANECRA - Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel representa mais de 4.200 empresas do sector, espalhadas por todo o País e posiciona-se no \\"fim do percurso do sector automóvel\\", o que lhe permite viver os problemas do mercado com grande intensidade e proximidade.



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