O município de Vila Real está a implementar o projeto “Vila Real Medieval” que visa conservar, valorizar e dar a conhecer património como a torre de Quintela, a ponte de Piscais, calçadas e fontes medievais, segundo a autarquia.

“Queremos proteger e valorizar o património medieval que temos”, afirmou hoje à agência Lusa a vereadora do pelouro da Cultura de Vila Real, Mara Minhava.

Segundo a responsável, o projeto “Vila Real Medieval: Roteiros e Circuitos do Património” tem um financiamento de cerca de 235 mil euros no âmbito do programa Provere, do Norte 2020, prevendo-se que esteja concluído até junho.

O objetivo passa pela limpeza, conservação e recuperação, bem como o estudo e divulgação deste património medieval que se espalha pelo concelho, desde a torre de Quintela, a ponte de Piscais, as calçadas da Campeã, da Canelha Antiga (cidade), Benagouro, Galegos da Serra, Mondrões e dos Torneiros e ainda três fontanários: do Chão, Calvo e Cabo da Vila.

O projeto pretende “dar a conhecer” todo este património.

“Queremos valorizar esse património medieval, desenvolver um conjunto de ações que nos permitam fazê-lo e, ao mesmo tempo, promover e potenciar o conhecimento da população para o que temos e promover a sua visitação”, sustentou Mara Minhava.

O projeto inclui o estudo do património, a criação de conteúdos e roteiros, a divulgação e a colocação de sinalização com placas direcionais e placas informativas, envolvendo as juntas de freguesia do concelho.

Neste âmbito, prevê-se uma intervenção na torre de Quintela, classificada como Monumento Nacional em 1910, que foi construída entre os séculos XIII e XIV e é um espaço muito procurado por turistas, mas que tem estado fechado à visitação.

Com as obras previstas, nomeadamente o restauro do telhado para evitar infiltrações, pretende-se, segundo Mara Minhava, reabrir o monumento ao público.

Relativamente à ponte de Piscais, localizada sobre o rio Corgo, é um imóvel de interesse público desde 1977 e, nesta intervenção, estão previstos trabalhos de limpeza geral nos acessos, limpeza de vegetação, a reabilitação do tabuleiro, com a preservação do existente, e a sua proteção.

“A câmara tem completa noção da importância e da raridade dos caminhos viários que temos espalhados pelo concelho”, salientou ainda a vereadora.

Relativamente a este património, um dos destaques vai para a Campeã, onde existe um conjunto arquitetónico viário constituído pela calçada e um arco granítico, património que, de acordo com Mara Minhava, se pretende que seja “classificado tão depressa quanto possível”.

Para uma segunda fase do projeto está previsto o restauro da igreja de São Dinis, uma igreja contemporânea da fundação da cidade, de raiz romano-gótica, que foi ampliada e restaurada em finais do século XV.

“Estamos a falar de um património religioso, de uma peça arquitetónica que tem uma importância impar e que nos permite contar a história medieval do concelho”, referiu.

A intervenção nesta igreja estava incluída no projeto inicial, anunciado em 2021, mas o custo elevado das obras previstas levou a uma reformulação da candidatura ao Provere e, segundo a autarca, assim que abram novas candidaturas a fundos comunitários, será submetida a segunda fase do projeto.

A vereadora disse ainda que o projeto “Vila Real Medieval” vai ao encontro dos objetivos definidos no Plano Estratégico Municipal de Cultura que se estende até 2030.

Foto: António de Souza e Silva



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