Com o avanço da idade existe uma alteração no modo como o corpo responde à informação do meio, que se reflete na forma como o nosso corpo se adapta às situações do dia-a-dia.

À medida que a idade avança há diminuição da visão, da audição, da força muscular, do tempo de reação e do equilíbrio, o que aumenta risco de queda. Dados do Relatório Global da OMS sobre Prevenção de Quedas na Velhice de 2010 indicam que aproximadamente 28% a 35% das pessoas com mais de 65 anos de idade sofrem quedas a cada ano, subindo essa proporção para 32% a 42% para as pessoas com mais de 70 anos.

As quedas são responsáveis por muitas das mortes acidentais nos idosos, verificando-se que pessoas com idade inferior a 75 anos têm maior probabilidade de cair em ambientes externos e idosos com mais de 75 anos caiem mais no interior das suas residências. Além disto, a maior parte das quedas ocorre durante a realização de atividades rotineiras, em período diurno e somente 20% ocorre durante a noite.

Tendo isto em consideração, e sendo as quedas um problema de Saúde Pública, pela sua elevada incidência, pelo grande número de graves complicações que acarretam para a saúde e consequentemente os elevados custos assistenciais é importante sensibilizar para as estratégias de prevenção, nomeadamente a prática de exercício físico e o aumento de segurança na sua casa.

Muitos dos idosos encontram-se sozinhos em suas casas, o que aumentou neste contexto pandémico, pelo que é de salientar os cuidados a ter no que diz respeito ao ambiente, particularmente: a baixa iluminação ou o brilho excessivo; o piso escorregadio; os objetos dispersos pelo chão, por exemplo fios soltos; os tapetes não aderentes; o excesso de mobiliário; as escadas com degraus altos e sem corrimão. Importante também ter em atenção os auxiliares de marcha, como as bengalas, os andarilhos, os quais podem ser inadequados ou estar mal-adaptados.

Para o idoso que sofre com o medo de cair, que é outro problema bastante preocupante relacionado com a queda, é importante que esse medo não se torne exacerbado, limitante e com impactos negativos na qualidade de vida. Algumas pessoas que relatam medo de cair, podem desenvolver um aumento desta sensação de insegurança, provocando a restrição da participação em atividades de vida diária, aumentando a dependência de terceiros, o que poderá levar à incapacidade funcional, ao isolamento social, enfrentando problemas para retornar suas atividades sociais após a pandemia e depressão.

 

Portanto, a minimização do risco de queda passa pela promoção da autonomia do idoso.

A promoção desta mesma autonomia passa também pela resposta à seguinte questão:

“O que fazer em caso de queda?”

Deve tentar dobrar o corpo sobre o estômago, colocar-se “de gatas” e ir até um móvel estável que esteja perto;

Deve colocar as mãos sobre o móvel e pôr um dos pés à frente, bem assente no chão. Depois, levantar-se com cuidado;

Se possível, sente-se numa cadeira para descansar e ficar mais tranquila.

 

Texto de:  Helena Saraiva, Cátia Soares e Diana Pinto.



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