A Câmara de Vila Real anunciou que vai avançar com um apoio à esterilização de animais que sejam adotados no Centro de Recolha do Vale do Douro-Norte, para ajudar a resolver o problema de sobrelotação deste espaço.

Neste momento não é possível adotar animais no canil/gatil de Vila Real, que é gerido pela Associação de Municípios do Vale do Douro Norte, precisamente porque não estão a ser feitas as esterilizações dos animais.

A nova lei que proíbe o abate dos animais nos canis e gatis municipais introduziu alterações que passam pela obrigatoriedade dos animais recolhidos serem esterilizados, uma medida que tem levantado alguns problemas a nível regional e nacional, devido à falta de verbas ou, em alguns casos, de veterinários municipais.

Em Vila Real, o centro está sobrelotado, não possui capacidade para absorver mais animais, porque como não há esterilizações também não pode haver adoções.

O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, afirmou que o município quer dar um contributo para ajudar a colmatar o problema, pelo que decidiu avançar com o apoio à esterilização.

Este apoio, acrescentou, poderá ser dado diretamente a quem queira adotar os animais, ou a associações ou, por último, fazendo o município as esterilizações, contratualizando com uma clínica.

A solução definitiva será, de acordo com Rui Santos, anunciada em breve.

O autarca frisou que a gestão do canil/gatil é da associação de municípios, que junta sete autarquias, e adiantou que, no seio da instituição, poderá também avançar-se com uma candidatura aos mecanismos de apoio lançados pelo Governo.

Para resolver o problema introduzido pela nova lei, o Governo decidiu recentemente abrir um aviso para candidaturas nesta área.

O autarca falava durante a assinatura de um protocolo com a Plataforma Proanimal, que vai usufruir de um apoio financeiro do município de 5.000 euros em 2018.

A autarquia vai ainda disponibilizar um espaço que servirá de armazém para a Proanimal e apoiar na realização de ações de sensibilização.

António Brandão, representante da associação criada há sete anos, mostrou-se satisfeito por o trabalho estar a ser reconhecido pelo município e explicou que o apoio vai ser aplicado no pagamento de dívida aos hospitais veterinários e clínicas com quem trabalham.

“Este apoio dá-nos a possibilidade de dar continuidade ao nosso trabalho”, frisou.

O caminho para ajudar a resolver o problema dos animais de rua, segundo António Brandão, passa por uma esterilização em massa e por ações de sensibilização.

A Proanimal apoia centenas de cães e gatos, recolhendo os animais doentes ou debilitados, encaminhando-os para tratamento e depois para famílias de acolhimento ou adoções.



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