O que deu ensejo à agressão por uma ditadura manchada de sangue, a uma democracia jovem e florescente, resume-se a ‘porque sim’. Porquê então impor-lhe a guerra tão mal camuflada em mera operação, por muito especial que fosse, que se converteu numa guerra oficial de altos criminosos a infringirem à dignidade dos direitos humanos e do direito internacional, sem se saber quando acabará?! Essa democracia não floriu como seria capaz – se não encontrasse a Europa em hibernação militar e os políticos amedrontados pela chantagem teatral daquela tecnocracia tão bolorenta quão sangrenta –! …
Nesta crónica tenta-se um breve repasse do ‘antes próximo e do depois’ no conflito que vem assolando um grande país, tentando analisar as causas da guerra imposta pela tirania à democracia ocidental …, que, como é do tino geral, começou a 24 de fevereiro de 2022. Meses antes, a situação já apontava o acercamento da Democracia à OTAN e o fortalecimento das forças democráticas, desde a guerra de Donbass, que fez com que o pensamento dum homem só voltasse a pressionar a vizinha….
O que se passou com a frota criminal no mar-negro, fez estancar algo a situação a favor da invadida. Assim como a 1ª batalha por Kyiv; que, enquanto não foram mortos uns e outros expulsos, os invasores protagonizaram as barbáries que a comunicação social nos mostrou; mas ainda houve muitas mais, dando até ensejo ao mandado de captura internacional sobre o responsável terrorista principal!
Em novembro de 2021, quando o carrasco ordenou a deslocação de mais dum terço do seu exército prá sua fronteira com a democracia, já tinha em fila o objetivo d’ativar o conflito, sem pensar que a porca lhe viesse a parir tantos cães! Em dezembro, os E. Unidos – haviam intentado que o ditador acabasse com as provocatórias manobras, recebendo em resposta mentiras ludibriantes; querendo assim a tirania, a seu bel-prazer, mandar na Democracia. Ao negar-se-lhe aceitar as suas exigências, as manobras seguiram em frente. Volveu-se a intentar nova negociação que instava o totalitário a chegar a um acordo. Este nas entrevistas que deu reiterou o seu compromisso de não invadir ninguém, o que levou os ocidentais a pensar que não haveria invasão e que estas manobras eram apenas una forma de melhorar as posições ditatoriais nas futuras negociações. Mas aqui também os ucranianos, acostumados às ameaças russas, não deram muita importância a estas ações, todavia e pelos vistos, estavam muito enganados!
A 21 de fevereiro de 2022, os combates em Dombass reviveram-se e os bombardeamentos reacenderam-se em todas as frentes. Assim, ‘o autor da nova cortina de ferro’ acusou a vizinha d’estar a realizar um genocídio sobre os russos de Donbass, assim como acusou a OTAN de cúmplice. Pelo que, no dia seguinte, descartando-se do estabelecido no tratado de Minsk, Putin reconheceu as repúblicas de Donesk y Lugansk, assim como exigiu a dissolução do exército ucraniano, bem como a não adesão da Ucrânia à OTAN….
Todo mundo, naquele momento crucial, se encontrava ligado aos meios de comunicação social, esperando não ver os russos a cruzar fronteiras. Mas a invasão da Ucrânia, como alguns temiam, não tardou em acontecer. Com efeito, em 24 de fevereiro de 2022, Putin, proferiu um discurso anunciando a decisão do governo russo lançar uma operação militar, com o objetivo de desmilitarizar a Ucrânia, em que afirmou que apoiava o direito d’autodeterminação dos povos desta; que não havia planos para lh’ocupar o território, simplesmente tratava de o libertar do genocídio que a Ucrânia estava infligindo…. Tudo isto era falso e evocado como justificação pra justificar o injustificável! Nenhum genocídio havia, apenas se tinha deixado cair o acordado em Minsk, assim como já o tinham feito os rebeldes.
O plano de Putin era o de realizar um ataque cirúrgico contra a vizinha para lh’eliminar o governo e colocar lá um títere controlado pelo Kremlin; ou seja, pretendia voltar a converter a Ucrânia, pela força das armas, num aliado como é o caso da Bielorrússia, contra a vontade da grande maioria dos bielorrussos. Por último, advertiu terceiros países, em dedutiva referência aos membros da OTAN, que não interviessem no conflito; chantageando que a resposta seria imediata e os levaria a consequências que nunca haviam experimentado na sua história! Uma clara ameaça velada ao uso do arsenal nuclear.
Todos estavam convencidos de que a guerra seria curta, pois que os russos acabariam com a resistência ucraniana em questão de dias. Não podiam estar mais enganados: – Efetivamente, em resposta à mensagem de Putin, Zelensky, anunciou a lei marcial e a mobilização geral de todos os ucranianos entre 18 e 60 anos. Enquanto o exército russo atacava ferozmente por várias frentes ao mesmo tempo: No Sul cruzaram desde Cri em direção a Gerson e Melitopol; no Donbass em direção a Mariupol, Severno e Lisichansk; no Este em direção a Harco e finalmente no Norte cruzaram desde a fronteira russa e Bielorrússia em direção a Kyiv. Este era o ponto da situação no dia que começou a guerra d’invasão total da Ucrânia.
A Crimeia já fora invadida em 2014, num relâmpago e sem derramamento de sangue: – O exército russo, na posse d’informações vitais das forças da Ucrânia, entrou à civil que, de surpresa e de supetão, não lhes deu tempo sequer de reação! Organizou um referendo tecnocrático à ponta de baioneta e anexou a península, declarando-a território russo! No caso de Donk e Lugansk, tinha-se levantado uma rebelião contra o governo central e uma série de melícias rebeldes tomaram o controle duma parte das zonas. Neste caso a Rússia não entrou com o seu exército e tampouco anexou essas partes da Ucrânia. Contudo, já vinha instigando e armando os rebeldes, proporcionando-lhes armamento, incluindo mísseis antiaéreos. Um desses mísseis foi usado pró derrube dum avião civil das linhas aéreas dum país que me fugiu da memória, atirando com as culpas pra cima das tropas de Kyiv, pra não fugir à regra! (D. E. A eleição de Trump foi a pior coisa que lhe aconteceu à invadida)