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Morreremos da doença e da cura?

Retrato de henrique
Henrique Ferreira

Morreremos da doença e da cura?

A pandemia de Covid-19 está a matar muita gente, de todas as idades (5%) mas, sobretudo, pessoas acima dos 70 anos (20%) e, particularmente, acima dos 80 (37%).

Para acudir aos quase 130.000 infetados activos com o SARS-CoV-2, o Sistema de Saúde atrasa o tratamento de outros doentes, tanto sazonais (gripe) como permanentes, com outras patologias.

Nenhum sistema de saúde no mundo está preparado para uma situação destas e as respostas dos diferentes governos têm sido diferenciadas. Todas elas têm passado por adaptar os sistemas de saúde à nova necessidade e em evitar ao máximo os contactos sociais.

As diferenças essenciais têm estado nas estratégias adoptadas para conter os contágios. Enquanto uns países adoptam medidas coercivas e punições à infracção, outros adoptam medidas de apelo e responsabilização da cidadania.

É justamente neste segunda estratégia que se tem verificado a principal falha da nossa democracia. A nossa cidadania parece afinal muito fraca por uma boa parte dos cidadãos não cumprirem as normas.

Talvez tenhamos de chegar à estratégia coerciva porque o ditado segundo o qual só se educa com o pau e com a cenoura, em doses adequadas, é bem antigo. E o princípio do baseamento das democracias ocidentais na tese de que  devemos confiar absolutamente na natureza humana, oriundo de Pascal e de Rousseau, colocando a educação como única estratégia para conseguir objectivos sociais, parece ter os dias contados.

Os nossos governantes, incluindo aqui o Presidente da República, têm procurado conciliar todos os elementos dos diferentes subsistemas do país: da saúde, da economia, dos recursos hospitalares, das finanças públicas, da segurança social, dos transportes. Têm apelado à responsabilidade dos cidadãos, aparentemente com uma resposta insuficiente destes.

Tem sido sobretudo nos subsistemas dos transportes que o Governo mais tem falhado, talvez por insuficiência de recursos materiais e outros. Os transportes públicos têm sido um dos principais focos de contágio. E as escolas dos diferentes níveis de ensino e as igrejas acabarão por ter de passar, respectivamente, à comunicação interactiva electrónica e à transmissão em streaming, via Facebook.

Também a Assembleia da República falhou ao não prever a possibilidade de ter de adiar as eleições presidenciais. Foi um falhanço terrível pois elas vão ser um tremendo foco de contágio, em contracico com as outras restrições. E invocar a impossibilidade de rever o artigo 125º da Constituição, que obriga a que as eleições tenham lugar num dos 60 últimos dias do mandato, é uma desculpa de mau pagador porque o problema devia ter sido identificado há muito tempo. Esta falta de proactividade mata a nossa democracia e limita o nosso progresso.

Além disso. e na perspectiva dos direitos humanos, qual é o bem maior? A vida. E a seguir, as condições que protegem a vida: saúde, alimentação, protecção física. Onde está aqui a eleição do Presidente da República? Em lado nenhum.

Mandar agora parar o país é uma solução terrível para a economia e para a saúde mental das pessoas mas é a única solução para tanto desleixo e negligência.  Apela só  à responsabilidade, já vimos que não resulta.

Por isso, não podemos esperar mais: se este confinamento falhar (e tem todas as condições para isso por causa das muitíssimas excepções e irresponsabilidade de muitos), teremos de passar ao fechamento da população, coerciva e punitivamente. Para grandes males, grandes remédios.

Grande sabedor é o povo: educarás melhor se usares equilibradamente o pau e a cenoura, ou seja, a educação, o prémio e o castigo.

Bragança, 17-01-2021, 22h59

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