Barroso da Fonte

Barroso da Fonte

Em prol do nono centenário da Portugalidade

Em Abril de 1974, Portugal retomou o caminho que dia 24 de Junho de 2028, completará 900 anos. Ou seja: daqui a quatro anos a Portugalidade estará em festa. O governo Português que vai entrar em funções, se levar o mandato até ao fim, terá que preparar as comemorações dos 900 anos.

Essa data deverá incidir ao longo de todo o ano e de todas comunidades. Recorda-se que António Costa, por exemplo, desde o seu segundo mandato anunciou que iria nomear (já nessa data), o jornalista Adão e Silva, para comissário das celebrações, do cinquentenário do 25 de Abril. Ninguém contestou esse anúncio. Mas, como entretanto, houve eleições legislativas, António Costa mudou de ideias: promoveu o anunciado comissário, a ministro da cultura. Desta forma, o putativo comissário não perdeu o emprego porque, António Costa, optou por nomeá-lo, para um cargo mais sonante: ministro da Cultura. Desta forma o jornalista e comentador televisivo do sistema, trocou o quarto do poder pelo quarto poder.

A breve prazo, tê-lo-emos, de novo, no quarto do poder, mas esta troca, demonstrou que o 25 de Abril, - afinal -, não era assim, tão importante como A. Costa julgava. O 25 de Abril vai decorrer, com a oportunidade devida e com o brilho que simboliza nos nove séculos da História de Portugal.

As intenções que foram enunciadas para comemorar o meio século do golpe de Estado, redobram de peso, se o governo, que está em formação, acolher essa importância que o governo cessante chegou a anunciar, se somar os custos daquela suspensa nomeação, revertendo-a para o brilho que a Lusofonia merece simbolizar, no âmbito de um acontecimento nunca igualado.

Se o poder que se encontra em preparação, tiver idêntico rasgo, em relação aos 900 anos de Portugal, a quinta língua mais falada do hemisfério, já mundializada pela UNESCO, que lhe destinou, o dia 5 de Maio de cada ano, como data universal, não é menos credora do que o Comissariado que António Costa anunciou para celebrar o 25 que os capitães de Abril possibilitaram.

Em 13 de Fevereiro de 2019 foi legalizada, em Guimarães, a instituição cívica e cultural, Grã Ordem Afonsina, apostada em investigar e difundir os mais variados aspetos históricos de vida e obra do primeiro Rei de Portugal; e ainda, a desenvolver as ações culturais que conduzam ao reconhecimento do simbolismo, do 24 de Junho de 1128, como dia da fundação de Portugal, a partir da Batalha de S. Mamede, junto ao Castelo de Guimarães. Já tarda a movimentação desta grande Causa nacional e europeia.

Graças ao seu Fundador e primeiro Rei, D. Afonso Henriques, soube impor-se, ao longo dos 74 / 76 anos de vida, guiando-se pela força, pelo exemplo e pela cidadania, que, volvidos 900 anos, ainda perduram como modelo europeu e mundial, dignos

O velho Condado Portucalense dilatou-se e a sua coragem, audácia e desejo de expansão formativa, entre os povos que encontrou nas rotas do planeta, deixou rastos civilizacionais de humanismo, d coerência e de bondade. Quatro anos nos separam dos 9 séculos de existência, como Povo sensato, conciliador e altruísta.

Não ambicionamos conflitos externos, nem guerras ou guerrilhas mal disfarçadas. Delas proviemos e, soubemos sempre, digeri-las. Ainda hoje nos reconhecemos como irmãos. De outras, mais longínquas e estranhas, mantivemos relações cordiais, enquanto houve entendimento reciprocidade.

Em 25 de Abril de 1974, fez-se, bilateralmente, aquilo que o bom senso impunha: a paz.

Nestes longos nove séculos, por onde os Portugueses passaram, sempre viveram e conviveram, consoante as possibilidades bilaterais. Em 2028 Portugal pode e deve, abraçar a comunidade mundial com um sentimento de cordialidade, de respeito e de senso comum.

Compete ao país aniversariante e até 24 de Junho de 2028, preparar este acontecimento com o manto materno da Lusofonia.

Barroso da Fonte


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