Henrique Ferreira

Henrique Ferreira

70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos: seria possível, hoje?

Há 70 anos, as marcas e as recordações das tragédias da II Guerra Mundial tornaram fácil a criação da ONU (Organização das Nações Unidas) e a aprovação da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

A aprovação foi um progresso civilizacional porque estabeleceu linhas vermelhas para o desrespeito de direitos elementares. No entanto, muitos países não a subscreveram e outros, pura e simplesmente, subscreveram-na mas atiraram-na para o caixote do lixo. Entre eles, a China e a Rússia, que ainda não reconheceram a Declaração tal como todos os estados islâmicos e tal como os então ainda estados ditatoriai usurpadores do poder democrático.

Foi uma declaração impulsionada pelos excessos do nazismo contra os judeus e pelo triunfo das mulheres na sua participação económica e social. Elas haviam demonstrado, durante as guerras, que só não conseguiam substituir os homens nos fins biológicos da procriação. Agora, exigiam o reconhecimento da sua importância na sociedade.

Comemorar estes 70 anos é ainda reconhecer o quão longe estão a maior parte dos países do mundo do cumprimento dos valores emanados pela Declaração e quanto os países cumprodores se estão a afastar do seu cumprimento, influenciados pela barbárie dos excessos neoliberais.


Partilhar:

+ Crónicas