Pode vir a significar uma verdadeira revolução, a experiência que vai ser realizada por cientistas da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), no Brasil, onde existem, actualmente, cerca de 70 mil hectares de vinha, a maioria, de castas americanas e francesas.

Para começar, investigadores brasileiros \\"vão plantar, já no decorrer deste ano, com a ajuda de técnicos da universidade de Vila Real, dez castas portuguesas, seis de tinto e quatro de branco em duas regiões enológicas distintas do Estado de Minas Gerais\\", disse, ontem, Neto Borges, director científico da FAPEMIG.

O objectivo é testar as castas que melhor se adaptam ao solo e clima, com vista a melhorar a qualidade do vinho produzido no Brasil, onde 60% do \\"vinho fino\\" (produzido a partir de castas europeias) é importado.

Para essa selecção foram tidas em conta \\"as características genéticas e o tipo de solos, tendo sido identificados terrenos similares, no Brasil, que vão ser utilizados para a experiência\\", referiu Murillo de Albuquerque, investigador brasileiro, que espera \\"poder provar o primeiro vinho em 2010\\". A parceria vai alargar-se à plantação de oliveiras e produção de azeite, assim como aos sobreiros e produção de cortiça.

Por outro lado, os investigadores da UTAD vão aprender com os brasileiros técnicas de produção de frutos tropicais, como a banana e a manga.



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