A Câmara de Vila Real está a combater a deposição ilegal de resíduos da construção, “monstros” ou eletrodomésticos em áreas florestais e baldios e apela aos cidadãos para utilizarem, de forma gratuita, o ecocentro municipal.

O vereador Carlos Silva disse que “ainda há muita” deposição ilegal, considerando que é uma preocupação no concelho de Vila Real, onde se vão encontrando locais onde foram largados resíduos de pequenas construções e demolições ou outro tipo de lixos, uma prática que é considerada um crime ambiental.

Carlos Silva deu como exemplo o caso recente de uma denúncia de uma deposição ilegal de uma grande quantidade de resíduos, na zona de Sabroso.

“Comunicamos ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR para verificar e, nesse trabalho de investigação foi identificado o autor, que assumiu a responsabilidade, limpou o espaço e, agora, vai decorrer o processo normal de penalização”, referiu.

Para evitar situações como esta, a câmara disponibiliza o ecocentro municipal, numa parceria com a Resinorte, que está preparado para “rececionar toda a tipologia de resíduos” e cuja utilização é gratuita.

“Os nossos cidadãos não têm mais desculpa para dizerem que não têm onde depositar ou não sabem como o fazer (…) O ecocentro está preparado para tratar os resíduos e para os valorizar”, salientou.

Instalado junto à saída da Autoestrada 24 (A24), no aterro sanitário da Resinorte, em Mosteirô, o ecocentro pode ser usado de segunda a sexta-feira, entre as 08:00 e as 19:00.

Ali podem ser colocados resíduos de construção e demolição, eletrodomésticos, monstros (colchões ou sofás), mobílias, sucata, bidões, baldes, pilhas, papel, vidro, lâmpadas e resíduos verdes (jardins e parques).

O município vai promover uma campanha de divulgação do espaço

Javier San José, administrador da Resinorte, referiu que o ecocentro já estava feito, mas não estava a ser utilizado pela população, e referiu que o espaço recebe resíduos que “têm muito impacto visual”. Uma vez depositados ali, nós tratamo-los”, salientou.

Carlos Silva reforçou que, desde que sejam entregues nos locais adequados e sejam devidamente separados, todos os resíduos são “possíveis de valorizar”.

O responsável apontou ainda o trabalho contínuo de formação e de sensibilização que tem vindo a ser feito para mudar comportamentos.

Segundo Javier San José Vila Real verificou um aumento da taxa de reciclagem na ordem dos 100% neste último ano e meio.

A Câmara de Vila Real quer dar “mais um passo” e, nesse sentido, está a preparar uma candidatura ao Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) para a separação de biorresíduos, como restos de restos de comida, que a partir de 2023 vai ser obrigatória.

O objetivo, de acordo com Carlos Silva, é dotar o concelho de capacidade da separação de resíduos biodegradáveis, através de um contentor castanho, de recolha e posterior tratamento.

“Em 2023, quanto estivermos obrigados, nós já queremos estar preparados”, salientou.



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