A Câmara de Vila Real aprovou hoje um orçamento de 61 milhões de euros para 2022 marcado pela “incerteza” devido ao chumbo do Orçamento do Estado e que pretende assegurar o combate à pandemia e novas obras.

O orçamento e grandes opções do plano da Câmara de Vila Real para o próximo ano foram aprovados com os votos favoráveis dos vereadores da maioria PS e a abstenção dos dois vereadores do PSD.

Num ano “particularmente difícil”, já que foi chumbado o Orçamento do Estado (OE), o município disse, em comunicado, que se viu “na necessidade de elaborar os documentos previsionais para 2022 sem conhecer o valor que virá a ser transferido para a autarquia”.

“Essa circunstância significará, inevitavelmente, que o orçamento municipal terá que ser revisto quando forem conhecidos os valores do OE”, salientou a autarquia presidida por Rui Santos.

E, segundo acrescentou, “dada a incerteza provocada por esta situação”, considerou-se que “seria pertinente assegurar o nível de receitas do município, de forma a manter o serviço público prestado, não havendo espaço para alterações ao nível da fiscalidade municipal”.

Assim, o orçamento para 2022 terá um “valor total inicial” de 61,5 milhões de euros, distribuídos por 33 milhões de euros de despesas correntes e 28,4 milhões de euros de despesas de capital.

Esta divisão permite ao município assegurar o “cumprimento de todos os seus compromissos ao nível do apoio à educação, à ação social, ao combate à pandemia covid-19, às associações e coletividades, bem como às juntas de freguesia”.

O orçamento sustenta ainda a conclusão de várias obras e lançamento de novos investimentos, como as novas piscinas de Codessais, o pavilhão desportivo que pertencia à escola Diogo Cão, as obras de reabilitação urbana do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) e a nova zona empresarial

“Assim, o município de Vila Real mantém uma saúde financeira excecional, que lhe permite continuar a melhorar o serviço prestado aos vila-realenses, recorrer a financiamento comunitário sempre que ele está disponível e ser uma das 10 melhores autarquias do país a pagar aos seus fornecedores”, concluiu o comunicado da câmara.

Em dezembro do ano passado o orçamento aprovado para 2021 foi também de 61 milhões de euros.

Contactado pela agência Lusa, Luís Tão, vereador eleito pela coligação “Vila Real à Frente” (PSD/CDS-PP/Aliança), justificou a abstenção por duas razões.

“Em primeiro lugar, porque nas grandes opções do plano há muitas iniciativas que nós apoiamos, não serão todas, mas algumas apoiamos, mas há outras coisas que não faríamos e provavelmente teríamos outras opções, pelo que o voto foi no sentido da abstenção”, referiu.

Luís Tão não quis avançar com mais detalhes e referiu que os argumentos do PSD vão ser esgrimidos na reunião da Assembleia Municipal, marcada para 27 de dezembro.



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