O presidente da Câmara de Vila Real fez hoje um balanço “muito positivo” do fim de semana de corridas automóveis e afirmou que o regresso das provas internacionais é um objetivo que vai continuar a perseguir.


“Esse é um objetivo que vamos continuar a perseguir. Não temos a certeza se o vamos conseguir ou não, o mundo automóvel é muito volátil, mas é um objetivo que vamos continuar a ter sempre presente e temos uma expectativa muito razoável de que isso pode ser uma realidade”, disse Rui Santos aos jornalistas no final da 52.ª do Circuito Internacional de Vila Real.

A organização e os parceiros querem, em 2024, “encontrar um bom cartaz”.

O circuito urbano, que começou sexta-feira e terminou hoje, contou apenas com provas nacionais.

A Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR), corrida disputada em Vila Real durante seis edições, terminou no ano passado e possibilidades como a prova DTM, o campeonato do mundo de carros elétricos ou a prova de resistência “6 Horas Vila Real” não se concretizaram.

Rui Santos afirmou que quer que Vila Real volte a ter competições com homologação Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

“O retorno não é tão grande em termos de projeção da prova, mas julgo que é um bom retorno em termos de hotelaria, restauração, de merchandising, é também um retorno mais local, temos que o reconhecer, não é exatamente a mesma coisa ter uma prova transmitida pela Eurosport que chega aos quatro cantos do mundo ou não ter a prova transmitida pela Eurosport. O investimento é mais reduzido, o retorno também não será tão grande”, disse, referindo-se a esta edição com provas apenas nacionais.

Rui Santos fala "num extraordinário fim de semana de corridas".


"Aqueles que vaticinavam que, pelo facto de só termos provas nacionais, indicaria um decréscimo significativo de entusiasmo, engaram-se. Tivemos muito, muito público”, salientou.

As bancadas, acrescentou, estiveram “muito compostas”, a zona do peão “cheio” em muitos locais e houve “corridas fantásticas, carros muito bons em pista e até acidentes”.

“E volto a sublinhar, esta é a maior das nossas impressões digitais. É isto que distingue Vila Real das demais cidades de igual dimensão. Não há mais nenhum local no país onde o automobilismo seja tão acarinhado, tão vivido, tão acompanhado pela população e por quem nos visita”, sublinhou.

Rui Santos disse que todos os anos se tenta “melhorar as condições de segurança deste palco, que são as ruas da cidade”, referindo-se à pista que ocupa artérias e tem 4,6 quilómetros.


Há, referiu, uma aposta contínua na melhoria das condições de segurança do circuito urbano, apontando, por exemplo, a repavimentação ou a correção das juntas de dilatação de obras de arte.

“É um investimento que não serve só as corridas, mas serve o dia-a-dia dos vila-realenses”, frisou, acrescentando ainda que, com este investimento, que se pretende ter, em Vila Real, “carros de maior potência e provas de maior significado em termos nacionais ou internacionais”.

Segundo Rui Santos, o investimento total no evento este ano rondou os 1,2 milhões de euros, cerca de 600 mil euros destinados à montagem do circuito.

Fotografias de Bruno Taveira




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