Cinema ao ar livre, concertos do Ethno Portugal, com músicos de 15 países, e do “supergrupo” Cara de Espelho e dança contemporânea inspirada nos pauliteiros de Miranda, são propostas do Teatro de Vila Real para este verão.

A agenda do teatro municipal para os meses de julho, agosto e setembro foi apresentada hoje, em conferência de imprensa, e inclui 35 atividades que decorrerão entre a casa de espetáculos e o centro histórico de Vila Real.

“Conseguimos de forma, na sua grande maioria, gratuita, trazer novos públicos, novos interesses, permitindo que todos usufruam da arte, da cultura, porque é essa também a missão do município”, afirmou o presidente da Câmara de Vila Real, Alexandre Favaios.

Na área da música, a 12 de julho, apresentam-se os Lavoisier, grupo liderado pela guitarra de Roberto Afonso e a voz de Patrícia Relvas, com uma forte ligação artística a esta região.

Segue-se a atuação da jovem cantora e compositora Milhanas e, já em agosto, Vila Real recebe o projeto internacional The Naghash Ensemble, que traz “os sons da Arménia Antiga reinventados para o século XXI”.

A orquestra Ethno Portugal atua no Largo da Capela Nova e junta cerca de três dezenas de músicos de 15 países, trazendo para as celebrações do Centenário de Vila Real enquanto cidade os sons da “música tradicional do mundo”.

A programação de verão inclui ainda a apresentação de Cara de Espelho, um “supergrupo” que junta músicos dos Deolinda, Gaiteiros de Lisboa, A Naifa e Ornatos Violeta e combina tradição e modernidade num projeto que, segundo os promotores, “é também, à sua maneira, de música de intervenção”.

A música clássica far-se-á ouvir com as atuações da Orquestra Gulbenkian Música, na véspera do dia da cidade, que se assinala a 20 de julho, e uma “adaptação inédita” para banda filarmónica da obra “Carmina Burana”, liderada pela Banda de Música de Mateus - Vila Real.

Ainda no contexto do centenário, a 11 e 12 de julho são apresentadas sessões de cinema ao ar livre, com quatro curtas-metragens da obra centenária de Buster Keaton.

Há mais cinema ao ar livre na praça cénica do Teatro e 11 espetáculos ibéricos de artes de rua (novo circo, dança, teatro), em vários locais do centro histórico, em mais uma edição do Arruada.

Já em setembro, as atenções centram-se no festival de dança contemporânea Algures a Nordeste, que inclui a estreia de um espetáculo “Do Terreiro ao Mundo”, uma criação da coreógrafa Clara Andermatt para a Companhia Instável.

Trata-se de uma encomenda do Teatro de Vila Real que foi livremente inspirado no universo dos Pauliteiros de Miranda.

A programação deste festival integra ainda “Maurice Accompagné”, um espetáculo de Paulo Ribeiro que cruza a obra de Luís de Freitas Branco e de Maurice Ravel numa criação que se foca no espírito do tempo, na liberdade criativa e expressionista dos anos 20.

Com “Camilo – Vida e Obra”, o Ballet do Douro quer contribuir para a perpetuação do escritor "interpretando com a linguagem do corpo a sua escrita", enquanto a CiM – Companhia de Dança inclusiva vai juntar intérpretes com e sem deficiência e apresentar a peça “Somatati” para as escolas.

Este ciclo fecha com “In Absentia”, de Hélder Seabra, um espetáculo que tem música ao vivo.

O diretor do Teatro, Rui Araújo, disse que a missão do equipamento cultural é “ir ao encontro de diferentes públicos, estimular a descoberta, estimular o espírito da curiosidade, o espírito crítico", valendo-se, para isso, de “todas as artes performativas”.

“Portanto, numa abrangência grande de estilos, mas também de públicos”, frisou.



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