Vila Real celebra o verão com 45 propostas artísticas que se espalham pela cidade e se incluem no programa Do Lado do Verão, no ciclo de artes de rua Arruada e no festival de dança Algures a Nordeste.

“São espetáculos para todos, democratizando a cultura e que afirmam Vila Real como o motor cultural do Interior Norte”, afirmou hoje o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, que falava em conferência de imprensa.

O Teatro Municipal e a Câmara de Vila Real prepararam um programa artístico “intenso” que foi apresentado hoje, se estenderá até ao início do outono e que foi “pensado para quem reside na região e para quem a visita".

“Há espetáculos previstos, não só para o teatro, mas através do Arruada, também para vários espaços da cidade, como a Avenida Carvalho Araújo, o Largo da Capela Nova, a Vila Velha, o Jardim da Carreira e o Largo da Nossa Senhora da Conceição”, salientou o presidente.

Rui Santos adiantou que são 34 propostas para os meses de julho e agosto, incluindo os 13 espetáculos do Arruada, a que se somam mais 11 em setembro, com um orçamento global de 160 mil euros, maioritariamente assegurado pelo município e pela Direção-Geral das Artes (DGArtes).

O Arruada, que inclui novo circo, teatro e dança, arranca a 01 de julho com “Kaldi”, do grupo espanhol Maintomano & Companhia, que apresenta um espetáculo de trapézio e teatro gestual, e prolonga-se até 26 de agosto com “O onírico interior”, da companhia espanhola Holoqué.

O diretor artístico do teatro, Rui Araújo, lembrou que há quase uma década que, quando chega o verão, o teatro “passa para o exterior”, com o programa Do Lado do Verão, em que os espetáculos ocorrem ao ar livre.

Este programa inclui cinco concertos, abrindo a 08 de julho com Ana Bacalhau, seguindo-se depois o angolano A’mosi Just a Label, A Garota Não, a italiana Maria Mazzota e a cantora e também atriz Irma.

Paralelamente, a vereadora da Cultura, Mara Minhava, destacou a estreia da ópera “As damas trocadas”, de 1797, do compositor Marcos Portugal e que resulta de uma coprodução entre o teatro e a Fundação da Casa de Mateus.

Este espetáculo e os concertos da Banda Sinfónica Transmontana e da Douro Strings Academy, bem como o cinema ao ar livre, constituem o programa Clássicos de Verão.

“Temos várias propostas para umas férias com arte”, salientou a vereadora, que destacou também o “intuito de se descentralizar a cultura”.

Depois, já em setembro, a sexta edição do festival de dança contemporânea Algures a Nordeste propõe seis espetáculos protagonizados pela Companhia Nacional de Bailado, por duas companhias bascas, nomeadamente Ertza e Haatik, e duas companhias portuguesas, Instável e Dançando com a Diferença.

O festival inclui as apresentações públicas das quatro criações coreográficas desenvolvidas ao longo de quase um ano no âmbito do Laboratório de Criação Coreográfica.

O Teatro de Vila Real mantém a “particularidade de ser um dos poucos do país” que não para as suas atividades durante o período de verão.



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