A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, vai renovar a adega experimental, criar uma sala sensorial e abriu uma cozinha experimental, no âmbito de uma candidatura aprovada de 2,5 milhões de euros. 

“Só uma UTAD muito atrativa é que terá futuro”, afirmou hoje à agência Lusa o reitor da academia transmontana, Emídio Gomes.

E é também com esse objetivo que a universidade vai criar o Centro de Transferência de Tecnologia em Enologia, Enoturismo e Gastronomia, no âmbito de uma candidatura submetida ao Norte 2020, que tem um investimento elegível superior a 2,5 milhões de euros e cuja implementação terá de estar concluída até ao verão de 2023.

Emídio Gomes explicou que o projeto inclui a renovação e a modernização da adega experimental da UTAD, localizada junto ao campus. 

“Há 36 anos as exigências técnicas eram completamente diferentes e, com a marca distintiva que a enologia tem na UTAD, impunha-se a renovação profunda neste equipamento experimental”, afirmou.

Naquele espaço fazem-se, por exemplo, microvinificações e aulas práticas para os alunos de enologia. Ou seja, faz-se uma demonstração do ambiente de trabalho que os universitários irão encontrar no mercado profissional.

A UTAD foi a primeira a ter o curso de enologia em Portugal.

Com a remodelação pretende-se também abrir o espaço às empresas.

“Para também elas próprias fazerem experimentação. Nós teremos prensas mais pequenas, teremos cubas mais pequenas, teremos toda a componente tecnológica de processamento de uvas e produção vinícola a uma escala experimental”, referiu.

No âmbito do projeto vai ser também criado o “quarteirão das Ciências Gastronómicas”, junto ao centro histórico do campus universitário.

Ali foi já inaugurada uma cozinha laboratorial, o 'kitchen lab', um espaço de apoio à formação em ciências da nutrição e gastronomia. 

E vai ser também, acrescentou o reitor, criada uma sala de análise sensorial com 400 metros quadrados, um espaço que descreveu como “muito evoluído, com ambientes imersivos de cortes de cheiro e de cor, que servirá tanto para a área das provas de vinhos como de alimentos”.

“Ele vai ficar disponível para que todo o tecido empresarial da região, e não só, possa usar uma valência que é única em Portugal”, frisou.

O objetivo do projeto é dotar a UTAD de infraestruturas com melhores condições para prestar um melhor serviço e, assim, aumentar os seus índices de competitividade e atratividade. 

“Se nós desejamos que a nossa universidade se afirme, então ela tem que ser cada vez mais atrativa e diferenciadora, seja na sua componente formativa seja na sua componente de acolhimento, que tem que ser distintivo e que tem que ser motivador para que jovens venham de outras zonas do país estudar para a UTAD”, afirmou.

Emídio Gomes disse ainda que a candidatura submetida pela universidade ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) passou à fase dois do procedimento.

O objetivo desta candidatura de cerca de 30 milhões de euros é aumentar em mais 1.100 camas a capacidade de acolhimento da academia, praticamente triplicando a capacidade atual.

O projeto inclui uma residência nova, de pequena dimensão no campus, a remodelação da antiga casa da Quinta de Lurdes e do edifício do antigo CIFOP e a ampliação das residências de Além Rio e Codessais.

A UTAD tem cerca de oito mil alunos, com uma elevada percentagem de deslocados e de estudantes com apoio social.



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