O tarifário de água e saneamento para 2022 vai subir 3,5% no concelho de Vila Real, após aprovação na assembleia geral da empresa Águas do Interior Norte (AdIN), um aumento que foi criticado pela oposição social-democrata.

A Câmara de Vila Real, presidida pelo socialista Rui Santos, explicou hoje, em comunicado, que o tarifário para 2022 representa “um aumento real de 3,5% para os consumidores domésticos e não domésticos na fatura mensal que conjuga os serviços de abastecimento de água, saneamento e resíduos”.

Este aumento, frisou, “não se verificará apenas em Vila Real, mas em todos os municípios que constituem a AdIN".

A empresa agrega os municípios de Vila Real, Santa Marta de Penaguião, Mesão Frio, Sabrosa, Murça e Peso da Régua (distrito de Vila Real) e ainda Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta (distrito de Bragança),

Segundo explicou a autarquia de Vila Real, a assembleia geral da AdIN aprovou o tarifário de água e saneamento para 2022, uma proposta que foi ratificada pelo município e que “tem em conta a necessidade legal desta não acumular resultados negativos, para além da obrigatoriedade de cumprir as normas e regulamentos da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR)”.

“Esta é uma notícia que, não sendo agradável, é inevitável, desejando o município que no futuro próximo seja possível, quer através de ganhos de escala quer de aumentos de eficiência da rede, reverter o aumento de tarifário que hoje se verifica”, frisou no comunicado.

Acrescentou que, “apesar desta subida de 3,5%, o valor da fatura para o cliente final continua a ser cerca de 5% mais baixo do que aquilo que era em 2013, o que não se verifica em mais nenhum serviço público ou privado”.

Hoje, em reunião de câmara, os dois vereadores da oposição PSD votaram contra o aumento deste tarifário.

Luís Tão, vereador do PSD, disse que “não se compreende” um aumento de 3,5% quando a inflação aponta para 0,9% e quando o país ainda está a viver uma pandemia e as dificuldades das pessoas e das empresas “se vão manter”.

“Estamos também, provavelmente, com meio ano de Orçamento do Estado (OE) em duodécimos e, portanto, dificuldades acrescidas para as pessoas. As próprias câmaras que aprovaram este aumento têm praticamente todas elas ajudas ao pagamento da fatura de água e, portanto, estão a dar ajuda com um mão e a tirar com outra”, frisou.

A câmara recordou que, desde 2013, a fatura da água no concelho “baixou sempre, não só através da diminuição do valor das tarifas, mas também porque o valor anual da inflação sempre foi assumido pelas Empresa Municipal de Água e Resíduos de Vila Real (EMAR), primeiro, e AdIN, agora”.

“Ao contrário do que acontece anualmente com os valores da eletricidade, transportes ou comunicações, ao longo dos últimos oito anos o valor da fatura da água nunca foi atualizado”, referiu.

Referiu ainda que, neste período, a EMAR e a AdIN foram responsáveis por “investimento na ordem dos 30 milhões de euros em saneamento, alargando este serviço a milhares de famílias Vila-realenses, particularmente no mundo rural”.

E realçou que “já apoia o valor da fatura da água para a generalidade dos consumidores em cerca de 200 mil euros anuais, que transfere para a AdIN, para além das tarifas especiais para famílias carenciadas, numerosas, desempregados, Programa + Bombeiros, instituições particulares de solidariedade social”.



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