O projeto “Vila Real Medieval: Roteiros e Circuitos” quer resgatar, preservar e dar a conhecer um património que está degradado ou subvalorizado, e prevê um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros, anunciou hoje o município.

A câmara afirmou que o projeto visa preservar e valorizar o património medieval do concelho, destacando a primeira igreja da cidade de Vila Real, a de São Dinis, cujo “estado de degradação urge estancar e inverter”.

De acordo com o município, o investimento previsto é de cerca de 1,5 milhões de euros.

O projeto, que foi aprovado em reunião do executivo municipal, vai ser alvo de uma candidatura às atividades de reprogramação financeira do Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos do Douro (PROVERE Douro).

A iniciativa organiza-se em duas ações e a primeira visa a reabilitação de um conjunto patrimonial medieval considerado de “grande importância” para a constituição dos roteiros medievais, designadamente as obras de recuperação e conservação de imóveis patrimoniais, como a igreja de São Dinis, a Torre de Quintela e quatro fontanários, os quais, conjuntamente com a rede viária, organizavam a malha urbana medieval de Vila Real.

A segunda ação, de natureza imaterial, reúne todas as atividades vocacionadas para a partilha do conhecimento histórico sobre a época medieval, orientadas para a produção de materiais informativos, a utilizar nas diversas ferramentas, produtos e atividades de animação dos roteiros, em suporte físico e digital.

O município referiu que o objetivo do “Vila Real Medieval: Roteiros e Circuitos” é “resgatar, preservar, conhecer e valorizar este património de reconhecida grandeza e raridade, que se encontra abandonado e ou subvalorizado”.

Com este projeto, a autarquia pretende “aprofundar a identidade de Vila Real e valorizar os recursos turísticos, culturais e de gestão do território”, concretizando “um plano de valorização e revitalização do património medieval assente nos eixos da arquitetura civil, religiosa e militar e dos caminhos medievais outrora importantes na estruturação do território”.

O município referiu ainda que a Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) realizou uma avaliação preliminar do estado de conservação da Igreja de São Dinis que “confirmou a necessidade de intervenção imediata por forma a garantir o património existente”.

Em consequência, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto elaborou um estudo que levou à aquisição de um projeto de execução da reabilitação, reparação e reforço necessários, cuja intervenção está orçamentada em 868 mil euros, que também já foi aprovado em reunião de câmara.

Trata-se de uma igreja contemporânea da fundação da cidade, de raiz romano-gótica, que foi ampliada e restaurada em finais do século XV.

PLI // JAP Lusa



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