O responsável máximo pela organização da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR), o francês Jean-Baptiste Ley, disse hoje estar “disponível” para conversar com a Câmara de Vila Real e “encontrar soluções para manter a prova no futuro”.

Em declarações à agência Lusa, Jean-Baptiste Ley admitiu que as dificuldades económicas da organização, denunciadas hoje pelo presidente da Câmara de Vila Real, o socialista Rui Santos, “não são surpreendentes” tendo em conta a situação mundial atual, mas sublinhou que a autarquia “é um dos parceiros mais fortes da Discovery Sport Events [que organiza o WTCR]”.

“Compreendemos as dificuldades e temos de encontrar soluções em ordem a continuar a nossa colaboração e oferecer à cidade a oportunidade de continuar a manter as corridas”, sublinhou o responsável francês.

O Circuito Internacional de Vila Real tem acolhido no seu programa uma etapa do Mundial de Carros de Turismo [de 2014 a 2017] e da Taça do Mundo de Carros de Turismo [desde 2018, à exceção de 2020 e 2021 devido à pandemia de covid-19] mas o contrato para 2023 ainda não foi assinado.

Sem querer revelar pormenores dos acordos comerciais, Jean-Baptiste Ley admitiu que “gerir todo o Mundial é caro pois há muitos custos que é preciso cobrir” mas sublinhou que “é do maior interesse para Vila Real e para a Discovery Sport Events estudar profundamente a questão para otimizar os custos de forma a salvar o evento no futuro”.

“Trabalhamos com Vila Real a longo prazo. Ao dia de hoje, Vila Real e nós queremos encontrar soluções para manter o circuito”, sublinhou.

O mesmo responsável frisou que “a corrida de Portugal em Vila Real é icónica, é uma das mais atrativas pistas citadinas de todo o campeonato” pelo que não quer “interromper esta colaboração”.

“Estamos abertos a encontrar soluções e responder aos anseios da organização”, concluiu.



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