O presidente da Federação Distrital de Vila Real do PS, Francisco Rocha, destacou hoje a “vitória histórica” dos socialistas no distrito, salientando que é um resultado “que enche” o partido de “responsabilidade”.

O PS ganhou as eleições legislativas no distrito de Vila Real, o que aconteceu pela segunda vez na história do partido, depois de, em 2005, na primeira maioria absoluta de José Sócrates, também ter conseguido eleger três deputados, contra os dois do PSD.

“Foi uma vitória histórica, a segunda, a última tinha sido em 2005, e isso deve-se ao compromisso que houve com todos os nossos autarcas, militantes, dirigentes, com uma lista que foi feita a partir do território e com o território”, afirmou à agência Lusa Francisco Rocha, que encabeçou também a lista socialista no círculo eleitoral de Vila Real.

O deputado, reeleito para a Assembleia da República, destacou que a vitória “enche o PS de responsabilidade” e afirmou ainda o reassumir do “compromisso das propostas” que foram apresentadas publicamente durante a campanha eleitoral.

E, acrescentou, com o resultado alcançado, “Vila Real fica com mais voz” para “reivindicar aquilo que tem que ser reivindicado”.

“Não abdicamos de nenhuma das 16 propostas que estão vertidas no nosso compromisso”, salientou.

Entre as prioridades, Francisco Rocha, destacou a regionalização, lembrando que já há um calendário para o efeito. Disse ainda que se vai insistir no “aprofundamento da descentralização de competências para as autárquicas locais e para a desconcentração de serviços”.

Apontou também a “atração de investimento e do reforço do conhecimento e da inovação” através dos três laboratórios colaborativos que o distrito tem, bem como a aposta no produtos endógenos e no turismo regional, com destaque para a Estrada Nacional 2 (EN2), o Douro e o termalismo, “três eixos que têm que ser aprofundados e valorizados”.

O PS conseguiu 43.531 votos (41,31%)no distrito transmontano e conquistou três mandatos, elegendo Francisco Rocha, Fátima Correia Pinto e Agostinho Santa.

Por sua vez, o PSD atingiu os 42.150 votos (39,99%) e alcançou dois mandatos, elegendo Artur Soveral de Andrade e Cláudia Bento.

A nível nacional, o PS alcançou a maioria absoluta nas legislativas de domingo e uma vantagem superior a 13 pontos percentuais sobre o PSD, numa eleição que consagrou o Chega como a terceira força política do parlamento.

O PS obteve 41,7% dos votos e 117 deputados no parlamento, quando estão ainda por atribuir os quatro mandatos dos círculos da emigração.

O PSD ficou em segundo lugar, com 27,80% dos votos e 71 deputados, a que se somam mais cinco eleitos em coligações na Madeira e nos Açores, enquanto o Chega alcançou o terceiro lugar, com 7,15% e 12 deputados, a Iniciativa Liberal (IL) ficou em quarto, com 5% e oito deputados, e o Bloco de Esquerda em sexto, com 4,46% e cinco deputados.

A CDU com 4,39% elegeu seis deputados, o PAN com 1,53% terá um deputado, e o Livre, com 1,28%, também um deputado. O CDS-PP alcançou 1,61% dos votos, mas não elegeu qualquer parlamentar.

A abstenção desceu para os 42,04% depois nas legislativas de 2019 ter alcançado os 51,4%.



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