O vento forte e a chuva provocaram hoje cerca de 340 ocorrências no distrito de Vila Real, a maioria das quais relacionadas com quedas de árvores que provocaram cortes temporários de estradas e de eletricidade.

O segundo comandante operacional distrital de Vila Real, Manuel Borges Machado, fez um balanço da passagem da depressão Fabien pelo distrito trasmontano e referiu que a Proteção Civil contabilizou cerca de 340 ocorrências, entre as 00:00 e as 21:30, que mobilizaram centenas de operacionais espalhados pelos 14 concelhos.

Vila Real esteve hoje até às 21:00 sob aviso vermelho por causa do vento forte, que pode atingir os 140 quilómetros por hora.

“Todo o distrito está a ser fustigado por fortes ventos que têm provocado muitos derrubes de árvores”, referiu o responsável à agência Lusa.

Manuel Borges Machado disse que se contabilizam já 274 quedas de árvores, muitas delas para estradas que ficam temporariamente cortadas até à sua remoção ou para cima de fios elétricos e postes, levando a cortes na eletricidade.

Foram registados à volta de 20 ocorrências relacionadas com dano ou queda de redes de fornecimento elétrico.

No distrito foram também registadas dezenas de inundações provocadas por precipitação intensa, de quedas de estruturas temporárias e movimentos de massas.

Na cidade de Vila Real, a Câmara Municipal aconselhou a população para que evite circular no exterior e que se permaneça em casa, em segurança, pedindo especial atenção ao Parque Florestal, onde se tem verificado a queda de várias árvores.

O município encerrou ao trânsito a rua de Santo António entre o Pioledo e interceção com a rua Cidade de Espinho, bem como a ponte metálica e a zona da estação, devido à queda de várias árvores.

Os fortes efeitos do mau tempo, que se fazem sentir desde quarta-feira, já provocaram dois mortos, um desaparecido, deixaram 144 pessoas desalojadas e 320 pessoas deslocadas por precaução, registando-se mais de 11.200 ocorrências no continente português, na maioria inundações e quedas de árvore.

Só hoje, registaram-se mais de 1.700 ocorrências.

O mau tempo provocado pela depressão Elsa, entre quarta e sexta-feira, a que se juntou hoje o impacto da depressão Fabien, provocou também condicionamentos na circulação rodoviária e ferroviária, bem como danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.

No balanço realizado às 20:00 de hoje, a Proteção Civil indicou que a situação mais complicada continua a ser a registada no distrito de Coimbra, sublinhando que os rios Mondego e Tejo (na zona de Constância) se encontram em alerta vermelho.

O IPMA já havia alertado para os efeitos da depressão Fabien, em especial no Norte e no Centro, estando previstos intensos períodos de chuva e vento forte de sudoeste, com rajadas que podem atingir 90 km/hora no litoral norte e centro e 140 km/hora nas terras altas.

Prevê-se que estes efeitos vão diminuindo e que se registe uma melhoria gradual do estado do tempo a partir de domingo.

Os distritos do Porto, Viana do Castelo, Aveiro, Coimbra e Braga vão estar entre as 21:00 de hoje e as 12:00 de domingo em aviso vermelho, devido à agitação marítima.



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