O Tribunal de Vila Real decretou hoje a prisão preventiva para os três homens, entre os quais um militar da GNR, que são suspeitos da prática dos crimes de lenocínio e corrupção.

A Polícia Judiciária, através da Unidade Local de Investigação Criminal de Vila Real, desencadeou uma operação policial em várias localidades do norte do Pais, no âmbito da qual foram detidos três homens suspeitos da autoria dos crimes de lenocínio e corrupção.

A PJ explicou, em comunicado, que os suspeitos desenvolviam a sua atividade há vários anos num estabelecimento noturno, situado em Vila Real, "onde fomentavam a prática de prostituição por mulheres de várias nacionalidades, auferindo elevadas vantagens patrimoniais".

Fonte do tribunal referiu que, ao primeiro sargento da GNR, de 41 anos e que trabalhava no posto de Vila Real, foi aplicada a medida de prisão preventiva, que, depois de verificadas as respetivas condições técnicas, passará para prisão domiciliária com pulseira eletrónica.

O militar fica também proibido de contactar com os outros dois arguidos e ainda testemunhas no processo.

Sobre este sargento recaem suspeitas dos crimes de corrupção passiva, detenção de arma proibida, lenocínio, auxílio à imigração ilegal e violação do segredo de justiça.

Os outros dois arguidos, dois irmãos responsáveis pelo estabelecimento noturno, vão ficar a aguardar julgamento em prisão preventiva e são suspeitos dos crimes de lenocínio, auxilio à imigração ilegal e corrupção ativa.

A um deles, foram ainda imputados os crimes de sequestro, detenção de arma proibida e jogo.

O tribunal justificou estas medidas de coação com a existência do perigo de fuga, de continuação da atividade criminosa e de perturbação do decurso do processo. No caso do militar da GNR, acrescentou ainda o forte alarme social.

As detenções ocorreram na segunda-feira à noite, culminando uma investigação que decorreu durante cerca de dois anos.

Nesta investigação, a Polícia Judiciária contou com a colaboração da GNR.



PARTILHAR:

Prémio Internacional “Magalhães” atribuido a Dr. José Marques

Sargento da GNR detido por lenocínio e corrupção