Artur Vaz, presidente da concelhia do PS de Vila Real, Rui Santos, membro da Assembleia Municipal e Costa Pinto, vereador na Câmara Municipal, voltaram a debater o o programa Polis. Os socialistas entendem que o Polis é \"uma oportunidade de valorização ambiental, de consolidação urbana e de desenvolvimento económico\" para o concelho de Vila Real, e especialmente para a cidade. Mas consideram também que os projectos a realizar no âmbito deste programa governamental \"têm alguns erros\".

\"Existe uma ausência de co-responsabilização política entre o município de Vila Real e a Sociedade Vila Real Polis\", lamenta o PS vila-realense, acrescentando que \"não é tolerável que os principais agentes políticos, os eleitos, se coloquem à margem de toda a discussão e se remetam ao silêncio\".

Mostrando \"preocupação\" quanto ao caminho seguido pelo Polis, a Comissão Política Concelhia e os autarcas do PS consideram que \"é urgente que ao executivo municipal regresse à coordenação de todo o processo, e que seja abandonado o estatuto de dupla personalidade até hoje assumido a nível de presidência da Câmara Municipal de Vila Real, de ser e não ser, de estar e não estar, para passar a determinar o andamento do processo\".

O presidente da concelhia, Artur Vaz salientou o facto do PS de Vila Real ter \"participado activamente nas várias sessões de discussão dos Planos de Pormenor\", e do partido ter levado a cabo \"um debate aberto, que contribuiu decisivamente para relançar a discussão pública\".

No passado dia 27, os socialistas manifestaram as suas \"preocupações\" e frisaram as questões que pretendem \"ver respondidas e resolvidas pela Câmara Municipal antes da fase de discussão e aprovação dos Planos de Pormenor nos órgãos do município\".

A Comissão Política Concelhia do PS está preocupada com o facto de ver transformado o Plano de Pormenor \"num programa imobiliário, numa descarada operação de valorização de terrenos\".

Valorizar

o que ainda resta

No que se refere aos seis Planos de Pormenor elaborados, o PS \"aceita que Tourinhas se transforme num Parque Urbano, mas mantendo e sublinhando os valores ecológicos e naturais que esse espaço em si contém\". No entanto, \"repudia que em toda a sua área venham a ser permitidas construções urbanas ou estruturas (piscinas, lagos de enormes dimensões), como aquelas que são propostas no Plano de Pormenor\".

No que toca à antiga zona industrial, considera \"anedótico\" que \"às portas da universidade, onde existe uma biblioteca que custou ao Estado quase um milhão de contos, a Câmara queira construir também a Biblioteca Municipal\". Segundo os socialistas, \"esta será necessária noutros pontos da cidade, nomeadamente na Vila Velha\".

Considerando que \"é importante valorizar o património que ainda resta\", o PS defendeu que a Escola Camilo de Castelo Branco \"deverá permanecer\". O teleférico e o funicular integrado no Plano de Pormenor do Parque Corgo foram criticados pelos socialistas \"pela agressão ambiental, pelos custos e pela mais que previsível inutilidade\". No que diz respeito à zona histórica, os políticos referiram que, \"com tanta coisa que merecia ser requalificada em toda a zona histórica, o Plano de Pormenor propõe sobretudo não requalificar, mas subverter, e até estragar, o que resta da avenida Carvalho Araújo e do largo do Pioledo\". Em relação à Avenida, os socialistas propõem \"que se mantenha o essencial da sua estrutura, realizando-se pequenas melhorias, tratando correctamente das árvores e das áreas ajardinadas\".



PARTILHAR:

Hospital não acata decisão do tribunal

Daqui a um ano