António Alberto vive há alguns com a sua mulher e uma filha de três anos numa pequena casa sem as mínimas condições de habitabilidade localizada em Vila Real. Uma cozinha, um quarto e uma casa de banho cuja construção não foi concluída, são as únicas divisões que possui. "A casa é muito velha, e tem muitas infiltrações de água e humidade, o que tem prejudicado a saúde da nossa pequena filha", lamentou António Alberto.

No entanto, na segunda-feira, esta família recebeu das mãos do presidente da Câmara de Vila Real, Manuel Martins, a chave de um apartamento, situado no novo complexo social de Parada de Cunhos, onde espera estar a viver daqui a duas semanas e a preparar-se para um Natal "diferente".

Além desta, mais 59 famílias carenciadas receberam as chaves de uma nova casa. Na cerimónia, Manuel Martins referiu que a autarquia tem vindo a apostar na "melhoria da qualidade de vida dos habitantes do concelho", nomeadamente aqueles que "não têm condições económicas para terem habitações condignas".

A construção destas casas para arrendamento foi promovida pela autarquia em colaboração com o Instituto Nacional da Habitação (INH), que financiou em 50 por cento o investimento efectuado, enquanto os outros 50 por cento resultaram de um empréstimo contraído pela câmara a juros bonificados.

As novas habitações, todas localizadas em Parada de Cunhos, vão ter as rendas definidas consoante o agregado familiar e o seu rendimento mensal.

No âmbito desta política a autarquia já apoiou, até ao momento, a construção de 204 fogos para arrendamento nas localidades de Vila Nova e Parada de Cunhos, e de 124 fogos para compra destinados a casais jovens, "sem qualquer possibilidade de adquirir casa no mercado habitacional da cidade", salientou o presidente da autarquia. A divisão de Acção Social e Habitação da Câmara de Vila Real já realojou 276 famílias.

Está também prevista a construção de mais 72 fogos para arrendamento, a construir em zonas rurais do concelho, e 150 para compra. Manuel Martins sublinhou a necessidade de inverter o fenómeno da desertificação, e como a maior parte dos pedidos para novas habitações vêm das aldeias, a autarquia já está em negociações com algumas juntas para a aquisição de terrenos e a construção de novas casas.

Júlia Alvarez, representante do INH, referiu que o Governo quer implementar o apoio à construção de habitações sociais em cada vez mais câmaras do país. Isto porque se trata de "uma área relacionada com a qualidade de vida das pessoas e que é um vector essencial para o desenvolvimento do país", frisou Júlia Alvarez.



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