Centenas de pessoas vão participar nas marchas de Santo António na quinta-feira à noite, em Vila Real, evento que junta as 20 freguesias do concelho e une diferentes gerações.
“Aos pouquinhos, vamos fazendo história, a nossa história, não temos de imitar marchas de sítio algum, são as nossas, com as nossas características e com as nossas raízes”, afirmou hoje Mara Minhava, vereadora com o pelouro da Cultura.
A Câmara de Vila Real organiza de forma ininterrupta, desde 2014, as marchas de Santo António, depois de um interregno de alguns anos e, segundo a autarca, a cada ano que passa há mais participantes e as músicas, coreografias e indumentária são cada vez de mais cuidadas e com mais qualidade.
“Nota-se uma evolução enorme”, sublinhou.
Em 2025, o município lançou o repto às freguesias para associarem as marchas ao centenário da cidade de Vila Real, que se comemora este ano.
“Portanto, eu acho que vai ser um momento bonito e não é só um momento de se mostrar uma coreografia, de se mostrar uma arte popular, é uma ótima forma das pessoas trabalharem de forma conjunta, muito unida”, realçou Mara Minhava.
Pelo centro da cidade transmontana vão desfilar marchas das 20 freguesias do concelho, cada uma com uma média de 50 a 100 participantes desde marchantes, cantadores ou tocadores, entre mais novos e mais velhos, e ainda duas marchas de escolas básicas.
O desfile acontece na quinta-feira à noite, que antecede o dia 13 de junho, que é feriado municipal em Vila Real.
Mara Minhava realçou que esta é uma “competição saudável”, sem prémio, e que a iniciativa cria um “clima de entreajuda” entre os habitantes das freguesias e onde “quem quer participar é bem-vindo”.
“O importante é o espírito de equipa, de grupo, de companheirismo, de união e a vontade de quererem vir mostrar algo. E isso ainda tem mais valor”, salientou.
Apesar de não ser uma tradição antiga em Vila Real, as marchas são um evento em crescendo e que envolve cada vez mais pessoas.
Mara Minhava referiu que aqui “ninguém se está a comparar com as marchas de Lisboa” e que o que se pretende é mostrar algo “de identitário” de cada uma das freguesias que compõem este concelho.