Apesar das restrições orçamentais, o distrito de Vila Real conseguiu garantir para este verão um dispositivo de combate a incêndios semelhante ao do ano passado, composto por cerca de 1600 homens, 265 viaturas e cinco meios aéreos.

O dispositivo de combate a incêndios de 2013 para o distrito de Vila Real foi apresentado hoje, em conferência de imprensa.

\"Apesar das restrições orçamentais nós conseguimos manter um dispositivo igual ao do ano anterior\", afirmou o comandante distrital de operações de socorro de Vila Real, Carlos Silva.

Na fase charlie, a mais crítica em termos de ocorrência de incêndios florestais e que decorre entre 01 de julho e 30 de setembro, vão estar empenhados 265 meios terrestres e 1662 homens, desde bombeiros, militares da GNR, polícias e elementos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNB).

No distrito vão estar também cinco meios aéreos, compostos por três helicópteros de ataque inicial sedeados em Vila Real, Vidago e Ribeira de Pena e mais dois aviões anfíbios, que partirão do Centro de Meios Aéreos (CMA) de Vila Real.

Já a partir de 15 de maio, na fase bravo, o distrito conta com o reforço de 1568 homens e 265 viaturas, três helicópteros (dois de ataque inicial e um de ataque ampliado) e entram em funcionamento cinco postos de vigia.

Durante o verão, a GNR coloca em funcionamento 26 postos de vigia, a quem cabe a deteção precoce das ocorrências.

A Guarda empenha 262 militares neste dispositivo, a PSP quatro agentes, o INCF 146 funcionários e as 27 corporações de bombeiros 1250 voluntários.

Carlos Silva garantiu que este dispositivo \"é capaz de responder a todas as solicitações\" e salientou que \"o sucesso no combate aos incêndios depende muito do comportamento dos cidadãos\".

Este ano registaram-se alguns pequenos incêndios que, na sua maioria, estão ligados à gestão de combustíveis para a pastorícia, tendo ocorrido essencialmente em Alijó, Boticas, Montalegre, Chaves e Vila Pouca de Aguiar.

Segundo o capitão Eduardo Lima, da GNR de Vila Real, em 2012 foram registadas 2107 ocorrências no distrito que queimaram 6566 hectares.

Do total de ocorrências verificadas no ano passado, a Guarda validou 1804, das quais 1272 dizem respeito a incêndios florestais, 215 a reacendimentos e 194 falsos alarmes.

Relativamente aos incêndios florestais, os militares apuraram que 629 foram provocados por queimadas para renovação de pastagens e limpeza dos solos e 428 foram provocados por ações intencionais/vandalismo.

Em 2012, a GNR identificou 181 suspeitos de incêndios florestais (132 negligentes e 49 dolosos), tendo detido sete pessoas.

Os militares levantaram ainda 154 autos de contraordenação, a maior parte dos quais relacionados com o uso indevido do fogo e não limpeza de combustíveis.

Por sua vez, Eduardo Carvalho, do ICNF, referiu que, no ano passado e com a ajuda dos sapadores florestais, foi feita a gestão de combustíveis em 800 hectares do distrito, dos quais 270 com recurso à técnica do fogo controlado.

Já para 2013 foi, segundo o responsável, aprovada a rede primária que vai ser executada no distrito. Esta rede corresponde a uma faixa de 125 metros de largura que será estrategicamente colocada em cumeadas, áreas agrícolas ou linhas de água, com o objetivo de ajudar na contenção ou extinção dos fogos.

No total, serão implementados sete mil hectares no distrito desta rede primária, que é financiada pelo PRODER.



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