Um assessor cultural da Câmara Municipal de Vila Real vai receber, por uma parcela de 174 metros quadrados, destinada ao alargamento de uma estrada, em Borbela, 8937,35 euros, o que perfaz 51 euros por cada metro quadrado.

Naquela área, e numa primeira fase, foram expropriadas 65 parcelas de terreno, cujo preço proposto após peritagem externa foi de 28,5 euros o metro quadrado. A maioria dos proprietários não aceitou e o assunto está entregue aos tribunais.

Mas, já numa segunda fase, Elísio Neves conseguiu negociar o preço para quase o dobro. E a decisão foi tomada pela Câmara, já em Fevereiro, depois da reformulação do projecto de alargamento da estrada que liga aquela localidade à Estrada Municipal 313.

A obra passou por diversas \"dificuldades\" e chegou a estar parada cerca de seis meses. O projecto inicial ignorava a existência de condutas de água do Alvão naquela zona e chegou mesmo a haver uma ruptura, pelo que teve de ser reformulado.

Segundo o próprio Elísio Neves, os seus \"terrenos valem seguramente 20 vezes mais do que o proposto pela Câmara\", e garante \"ainda não recebemos nada e só cedemos porque aquela zona vai ficar muito valorizada e não estamos aqui para complicar a vida à Câmara nem a ninguém\". O assessor cultural da autarquia considera que \"estamos a falar de trocos\". \"A nossa quinta foi muito afectada, quando tal nem sequer estava previsto\", argumentou ao JN.

O vice-presidente da Câmara Municipal, Nazaré Pereira, considera que, \"caso não se chegasse a este acordo, o processo iria arrastar-se por tempo indeterminado nos tribunais pela via litigiosa\".

\"Ainda bem que foi possível chegar a um entendimento, ou então nunca mais se acabava a obra\", acrescentou o autarca de Vila Real ao JN.



PARTILHAR:

Campeã nacional aos 15

Erro de calculo