A Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Vila Real, dispõe de 1,1 milhões de euros para criar um Centro Tecnológico Especializado (CTE) de Informática, modernizar os espaços e equipamentos dos cursos profissionais e atrair mais alunos.

Segundo disse hoje o estabelecimento de ensino da cidade de Vila Real, o financiamento resulta de uma candidatura submetida ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e visa criar um CTE na área da Informática para apoio ao curso profissional.

A diretora da escola, Helena Correia, adiantou que a verba de 1,1 milhões de euros vai ser investida na “aquisição de equipamentos tecnológicos de última geração”.

A escola vai intervencionar nove salas destinada à lecionação das componentes geral, especifica e técnica do ensino profissional, vai criar laboratórios tecnológicos “de ponta”, espaços multimédia e ‘maker’, onde haverá, por exemplo, equipamentos ‘3D’ (três dimensões).

“Deste CTE irão beneficiar principalmente os alunos que frequentam os cursos profissionais na áreas das ciências informáticas, podendo ser rentabilizados para outros contextos pedagógicos”, explicou.

Atualmente, a escola possui quatro turmas do ensino profissional, com 75 alunos espalhados pelos cursos de equipamentos informáticos, apoio psicossocial, técnico auxiliar de saúde e de auxiliar de farmácia.

A escola possui um total de 920 alunos, entre os 7.º e 12.º anos, 130 professores e 36 funcionários.

Com este CTE, o estabelecimento quer atrair mais estudantes para o ensino profissional, considerando a diretora que pode ser “uma forma dos alunos verem o ensino profissional como uma saída possível ao ensino regular”.

“O que se pretende é que também se olhe para o ensino profissional com outros olhos (…) Resta que se comece a dar outro tipo de valorização aos cursos profissionais e que a sociedade e os pais também vejam isto como uma potencial saída”, salientou Helena Correria.

O objetivo deste centro, acrescentou, será “formar profissionais competentes e capazes para trabalhar com tecnologias de última geração, facilitando a integração no mercado de trabalho”.

O vice-presidente da Câmara de Vila Real, Alexandre Favaios, disse que aprovação desta candidatura é mais “um excelente presente” para a Camilo Castelo Branco que, este ano, celebra 175 anos de existência.

“O nosso liceu honra o seu passado mas projeta clara e inequivocamente o seu futuro e das atuais e futuras gerações de alunos”, salientou.

O autarca lembrou que os CTE foram criados no âmbito do PRR para “aumentar as qualificações e visam reforçar essencialmente medidas que têm vindo a ser executadas nos últimos 20 anos para desenvolver um sistema consistente de ensino profissional e aumentar as taxas de qualificação”.

“Em 2021, cerca de 37% dos alunos estavam inseridos em ofertas profissionais qualificantes e o objetivo do Estado central, com estes CTE, é, em 2030, atingir cerca de 55% desses mesmos alunos”, referiu.

O investimento previsto, a nível nacional, é de 480 milhões de euros, estando prevista, até 2025, a criação de 365 centros tecnológicos.

Na área da Comunidade Intermunicipal do Douro, que agrega 19 municípios, podem ser criados seis CTE, dois na rede privada e quatro na rede pública, onde se inclui a Secundária Camilo Castelo Branco.

Este projeto é, segundo Alexandre Favaios, “complementar” à obra de requalificação naquele estabelecimento de ensino, para onde está previsto um investimento de 10 milhões de euros nos próximos anos.



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