O homem de Vila Real que, alegadamente, terá violado as três filhas adotivas menores, de 13, 15 e 17 anos, foi ontem presente a um juiz que lhe decretou a medida de prisão preventiva.
Um empreiteiro de 50 anos é acusado de violar as três filhas adotivas menores, tendo engravidado a mais pequena. As meninas de 13, 15 e 17 anos viviam com o pai adotivo e com a mãe, professora universitária. O homem foi detido pela Polícia Judiciária e ontem foi presente ao juiz no Tribunal de Vila Real que, depois do interrogatório, decidiu aplicar a medidas de coação mais gravosa, a prisão preventiva. Suspeita-se, ainda, que o homem terá violado também a filha mais velha, agora com 17 anos.
Os abusos só foram descobertos porque o empreiteiro de profissão acabou por engravidar a filha adotiva mais nova. Para tentar camuflar a situação, terá levado a menina grávida a uma clínica no país vizinho, onde tentou fazer com que abortasse. Mas tal não foi possível pois o aborto em Espanha só é permitido até às 16 semanas de gestação e a menor já estava grávida de 8 meses.
Entretanto, a menina de 13 anos já foi retirada aos pais adotivos, depois de ter sido sinalizada na escola. As outras duas filhas, de 15 e 17 anos, respetivamente, foram levadas na terça-feira passada pelas autoridades da escola onde estudam, na Régua, para uma instituição de acolhimento do distrito de Vila Real.
A professora universitária está, também ela, a ser investigada pela Polícia Judiciária que tenta perceber se a mulher tinha ou não conhecimento das violações de que eram vítimas as crianças ou se foi, de alguma forma, cúmplice, já que estes abusos aconteceram durante um longo período, talvez tenham ocorrido durante anos, e não exercidos num curto espaço temporal. Daí a mulher responsável pelas crianças poder vir a ser ainda considerada arguida no processo e não somente uma mera testemunha.
Foto: José Sousa (Vila Real) - https://www.facebook.com/sousabiker?ref=ts&fref=ts
