As obras do Centro de Oncologia de Vila Real, paradas desde Dezembro devido a uma providência cautelar, vão avançar este mês, disse uma fonte da empresa construtora daquela infra-estrutura, que irá servir meio milhão de habitantes.

A construção do Centro de Oncologia de Trás-os-Montes e Alto Douro, num investimento de 10,6 milhões de euros, deveria ter começado em Dezembro. No entanto, um dos candidatos ao concurso público para a construção do centro reclamou da decisão do júri e apresentou, nesse mesmo mês, uma providência cautelar no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela para impugnar o concurso, um processo que atrasou em vários meses o início dos trabalhos.

Fonte da Construtora Abrantina disse que ontem mesmo chegou à empresa uma ordem do tribunal a informar que as obras podem começar ainda este mês. Fonte do Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela confirmou que o juiz decidiu pela recusa da providência cautelar que foi colocada contra o Centro Hospitalar Vila Real/Peso da Régua. Apesar de, logo em Janeiro, a administração do centro hospitalar ter avançado com uma contestação da providência cautelar alegando o interesse público da obra, o tribunal demorou cerca de seis meses a proferir uma sentença.

Este centro vai servir 36 concelhos, de toda a região de Trás-os-Montes e Alto Douro, onde todos os anos se registam cerca de 1.700 novos casos de cancro. O prazo de execução da obra é de 420 dias, estando inicialmente previsto que os trabalhos estivessem concluídos em Abril de 2006.

O centro de oncologia, que vai ficar instalado no Centro Hospitalar Vila Real/Peso da Régua, vai permitir tratar anualmente cerca de 80 por cento dos doentes da região, evitando as deslocações ao Porto.

Actualmente, grande parte dos doentes com cancro da região trasmontana é encaminhada para o Hospital de São João e Instituto Português de Oncologia, ambos no Porto, implicando para alguns viagens de centenas de quilómetros. Estima-se que cerca de 800 pessoas vão necessitar de tratamento de radioterapia no primeiro ano de funcionamento deste centro oncológico, número que deverá aumentar para o dobro no anoseguinte.

Esta unidade integrará um Serviço de Oncologia, um hospital de dia com área para tratamento da dor e cuidados paliativos e uma unidade de radioterapia.



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