O presidente da Câmara de Vila Real afirmou hoje que a candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura 2027 ajuda "a afirmar" o território e vai criar “instrumentos de planeamento” para a próxima década.

São 12 as cidades portuguesas na corrida a Capital Europeia da Cultura 2027, desde Vila Real a Braga, Aveiro, Coimbra, Guarda, Leiria, Oeiras, Évora, Faro, Funchal e Ponta Delgada. As candidaturas têm de ser submetidas até 23 de novembro.

“O facto de marcarmos presença ajudará a afirmar o território e deixará Vila Real com instrumentos de planeamento”, afirmou Rui Santos, que falava durante a abertura de um ‘stand’ dedicado à candidatura no centro comercial da cidade.

Com o slogan “Real d'aspecto e de graça”, expressão retirada do hino de Vila Real, a candidatura quer “envolver” todo o território onde existem três patrimónios mundiais da UNESCO: O Douro, o Côa e o barro negro de Bisalhães.

“Somos o território que, saindo vencedor, a capital da cultura talvez tenha mais capacidade de transformação da nossa realidade, território, das nossas gentes, da visão que temos sobre esta área”, salientou o autarca.

Rui Santos desvalorizou as críticas que apontam para a pouca informação disponível sobre o ‘dossier’ e a falta de envolvimento dos agentes locais no processo e salientou que esta “é uma candidatura em competição”.

“Estamos a competir com mais 11 cidades portuguesas e o segredo é, muitas vezes, a alma do negócio”, frisou.

O autarca referiu que Vila Real está “no processo de forma transparente, equilibrada, aproveitando todas as potencialidades”.

“Vamos ter paciência, vamos acreditar em nós, nas nossas potencialidades, nós acreditamos muito nas nossas gentes, nas nossas instituições e vamos convencidos de que só é derrotado quem não ousa”, frisou.

E, acrescentou, Vila Real “ousou” aquando do Circuito Internacional que trouxe o campeonato do mundo de carros de turismo, da Capital da Cultura do Eixo Atlântico e da candidatura do processo de confeção do barro negro de Bisalhães a Património Imaterial da Humanidade.

Se a cidade não sair vencedora neste novo processo, Rui Santos referiu que ficará “com instrumentos de planeamento necessários” para “beneficiar” do próximo quadro comunitário.

“Se conseguirmos será muito bom para todos nós, mas se não conseguirmos, com a construção desta candidatura, estamos a fazer também um plano estratégico para a cultura, que é um instrumento estruturante a 10 anos que o município ainda não tinha e que vai poder potenciar uma série de empreendimentos, de iniciativas, quer do ponto de vista cultural quer do ponto de vista turístico”, salientou a vereadora do pelouro da Cultura, Mara Minhava.

Para a autarca, “só isso vale todo este esforço e envolvimento”.

Questionada sobre as linhas orientadoras da candidatura Mara Minhava disse que estas serão “apresentadas em Assembleia Municipal”.

“Estamos a falar de uma candidatura que tem por base as raízes vila-realenses”, sublinhou.

O ‘stand’ no centro comercial pretende divulgar a candidatura e “envolver ainda mais as pessoas” em todo o processo. Por este espaço passam anualmente cerca de seis milhões de pessoas, provenientes de vários concelhos.

“Tem um pouco daquilo que nós fazemos e que já fizemos em anos anteriores, a nível do turismo, cultura, ambiente, urbanismo, porque a cultura é transversal a todas essas áreas”, afirmou Mara Minhava.

Em breve, no centro histórico da cidade serão instalados cubos retro iluminados com fotografias sobre a candidatura.



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