A aldeia de Coêdo, em Vila Real, acolhe o festival “Lua Cheia”, que propõe cinco espetáculos de teatro e uma sessão de cinema ao ar livre entre os dias 20 e 25 de julho, foi hoje anunciado.

“Lua Cheia – Arte na Aldeia” é uma iniciativa da cooperativa cultural sem fins lucrativos Peripécia Teatro, que desde 2007 tem sede na antiga escola primária de Coêdo, e tem como “objetivo colocar a arte em diálogo com o espaço e a comunidade rural”.

Sérgio Agostinho, um dos diretores artísticos da Peripécia afirmou que o projeto “Lua Cheia” começou com a vontade da companhia se abrir à comunidade onde está inserida e dar aos habitantes mais próximos a possibilidade de assistirem a um espetáculo ou a uma sessão de cinema.

“E aquilo que me foi dito ao longo destes anos por alguns habitantes daqui de Côedo, e de arredores, é que a primeira vez que viram teatro foi aqui”, referiu o responsável.     

Os espetáculos decorrerão num espaço ao ar livre, junto ao estabelecimento escolar, e o festival arranca no dia 20 com a peça “Fardo”, uma produção da Peripécia.

Sérgio Agostinho explicou que a companhia preparou uma nova versão desta peça, onde as máscaras de madeira do Carnaval de Lazarim (Lamego) ganham protagonismo ao longo da história que cruza o drama e o humor.

Ao longo de seis noites consecutivas vai ser possível assistir a mais duas produções da Peripécia, designadamente “Conto Contigo” e “13”, e ainda às peças “Zona 2ª Parte”, do Projeto Ruínas, “Filho?”, uma coprodução Teatro O Bando e Teatrão.

Aos espetáculos seguir-se-á um momento de tertúlia, com os vários artistas e o público, que será moderado por um elemento da organização. 

O festival “Lua Cheia – Arte na Aldeia” contará ainda com a inauguração da obra “Tragos e Komos”, da autoria do artista plástico Carlos No, e com uma noite dedicada ao cinema, com o filme “E agora, onde vamos?”, de Nadine Labaki.

A iniciativa “Lua Cheia” foi apresentada pela primeira vez em 2014 e incidia na realização de espetáculos, tertúlias e momento de convívio entre público e atores em todas as noites de lua cheia.

Em 2020, a pandemia de covid-19 levou a uma alteração do formato para festival, que se repete, agora, em 2021.

“A solução encontrada foi converter esse ciclo de programação num míni festival de uma semana, onde acolhemos várias iniciativas artísticas neste espaço ao ar livre”, salientou Sérgio Agostinho.



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