Estado de Calamidade é o que pedem os agricultores do distrito de Vila Real que ficaram sem as suas estufas e culturas no passado fim-de-semana de 24 e 25 de Janeiro.

300 mil euros é o valor estimado dos prejuízos de 22 produtores da região que perderam não só as culturas mas as estruturas metálicas, sistemas de rega e armazéns de apoio.

Ontem a tarde os agricultores estiveram reunidos com o Governador Civil do Distrito de Vila Real Alexandre Chaves, onde pediram a sua intervenção para que entregue ao Governo uma petição pedindo que o Ministério da Agricultura declare o estado de Calamidade.
Armando Carvalho, da Fagrorural, realça a situação complicada em que se encontram os jovens agricultores que ainda estão a pagar os empréstimos para a instalação das suas actividades e agora não têm hipótese de recomeçar. As linhas de crédito especial que o Governo possa criar não vão por isso beneficiar estes produtores.

Anabela Patrício, em Couto Adoufe Vila Real, há cerca de nove anos recorreu ao crédito para criar uma estufa de flores. Em Setembro de 2008 investiu novamente em arcas frigoríficas e em novas coberturas das suas estufas, mas na noite de temporal ficou sem nada. Agora é com desalento que vê o futuro. Os prejuízos na sua produção rondam os 8 mil euros. Com dois filhos menores Anabela diz que se a solução passar pela linha de crédito especial não poderá voltar a trabalhar na sua floricultura.

Alexandre Chaves ouviu com atenção os problemas dos agricultores e espera que seja encontrada a melhor solução. O governador Civil de Vila Real vai levar ao Governo as preocupações dos agricultores do distrito que pedem o estado de calamidade devido ao temporal que destruiu por completo as suas culturas e as estruturas de estufas e viveiros.



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