O secretário de Estado adjunto do Ministro da Saúde anunciou um investimento de 12,4 milhões de euros (2,4 milhões contos) no Hospital de Vila Real, para construir um centro de radioterapia e uma nova cozinha.

\"Queremos o Hospital de Vila Real como uma unidade de referência em todo o interior norte, por isso vamos atacar de imediato naquilo que está mal e a precisar de obras e, simultaneamente, avançar com novos serviços\", afirmou Adão Silva, após uma visita ao centro hospitalar que integra as unidades de Vila Real e da Régua.

Segundo o governante, a maior \"nódoa negra\" do hospital é a cozinha, encerrada há quatro meses por falta de condições de funcionamento, higiene e salubridade, onde chovia e as funcionárias tinham de andar com galochas.

Actualmente as refeições são confeccionadas com o apoio do Regimento de Infantaria 13, de Vila Real, que emprestou instalações para o efeito.

\"Esta é uma solução transitória que não se pode aguentar durante muito mais tempo, por isso vamos construir de raiz uma cozinha e um refeitório\", afirmou o secretário de Estado.

O projecto já está concluído e vai ser posto a concurso em Janeiro, prevendo-se o início das obras para o segundo semestre de 2003 e conclusão no primeiro semestre de 2004.

Segundo Adão Silva, o hospital de Vila Real vai ainda ter um novo parque de estacionamento e receber novos serviços.

O Hospital de Vila Real possui já um serviço de Oncologia, que vai ser agora alargado com a instalação de um centro de radioterapia.

\"Este serviço existe apenas nos grandes centros urbanos (Porto, Coimbra e Lisboa) e pela primeira vez chega ao interior para servir com maior proximidade e eficácia as pessoas\", referiu o secretário de Estado.

Durante o ano 2004 proceder-se-á à construção do centro, que deverá estar pronto em 2005, e, segundo Adão Silva, o investimento na nova unidade ronda os 10 milhões de euros.

Este serviço insere-se na Rede de Referenciação Hospitalar de Oncologia e é co-financiado em 75 por cento pelo FEDER e 25 por cento de fundos nacionais.

Para Adão Silva, alguns problemas de saúde, como a falta de médicos, equipamentos e até a falta de acessibilidades podem ser resolvidos através da telemedicina.

\"Por isso, o Governo vai apostar fortemente nas telemedicinas, criando uma rede de telecomunicações apropriada, designadamente de banda larga para um mais fácil e eficaz fluir da informação\", salientou.

O Centro Hospitalar Vila Real/Peso da Régua, integra o hospital distrital de Vila Real e o hospital de nível I do Peso da Régua, estabelecimentos que distam entre si 25 quilómetros.

As duas instituições passaram a ter uma administração única e um orçamento.

Para que o Hospital de D.Luís I, na Régua, que actualmente tem apenas quatro médicos no quadro, não \"fique condenado à morte\", Adão Silva salientou que já foi constituído um grupo de trabalho que vai definir uma estratégia para a revitalização daquela unidade hospitalar.

O governante anunciou ainda um investimento de 300 mil euros para a compra \"imediata\" de equipamento.

O centro hospitalar Vila Real/Régua faz parte da lista de 31 hospitais do país que foram empresarializados, uma nova forma de gestão com vista a uma maior eficácia e melhoria da prestação de serviços.

Estes hospitais foram transformados em sociedades anónimas, com um único accionista, que é o Estado.

O novo presidente do conselho de administração do centro hospital Vila Real/Régua, Henrique Capelas, tomou posse na segunda-feira.

De manhã, Adão Silva visitou o Hospital da Régua e durante a tarde inaugurou as extensões de saúde de Fiolhoso e Candedo, no concelho de Murça.



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