O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) está preocupado com a possibilidade de cerca de 60 funcionários dos Serviços de Utilização Comuns dos Hospitais (SUCH) ficarem desempregados, na sequência da rescisão dos contratos.

Esta medida, tomada pelo Conselho de Administração do Centro Hospitalar Vila Real/Peso da Régua, é, segundo o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Adão Silva, \"uma forma de poupar na despesa\". Adão Silva sublinhou que \"esta racionalização de custos foi um trabalho bem feito deste Conselho de Administração, que entendeu poder fazer o mesmo trabalho que os funcionários dos SUCH, bem feito, mas com menos recursos\". Isto porque é contratando pessoal para executar o trabalho actualmente efectuado pelos SUCH que este Conselho de Administração pretende reduzir nas despesas.

O secretário de Estado frisou também o facto destes trabalhadores não serem funcionários do Centro Hospitalar mas sim dos SUCH, uma empresa criada pelo Governo para prestar aos hospitais vários serviços na área da acção médica, apoio, vigilância, rouparia e alimentação.

No dia 11 de Fevereiro, os trabalhadores dos SUCH ficaram preocupados quando tomaram conhecimento, através de uma circular interna, que o Centro Hospitalar estava a recrutar pessoal para os serviços que prestavam. No entanto, este concurso exige que os candidatos possuam o nono ano de escolaridade, o que exclui muitos dos actuais trabalhadores, que apenas têm o quarto e o sexto ano, alguns deles a trabalhar nos hospitais de Vila Real e Peso da Régua há mais de 10 anos.

O SINTAP diz estar preocupado com esta medida do Conselho de Administração do Centro Hospitalar, a quem acusa de \"não querer dialogar com os trabalhadores\" e a quem \"exige que todos os trabalhadores ao serviço dos SUCH se mantenham ali a trabalhar\".

A associação sindical acredita que, caso os despedimentos se verifiquem, \"a situação será muito grave para cerca de 60 famílias, que terão de pagar uma factura para a qual em nada contribuíram\".



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