As verbas do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) para o distrito de Vila Real são consideradas por responsáveis políticos de vários quadrantes como pouco famosas e até redutoras em termos regionais. Ao todo, são mais de 106 milhões de euros divididos por 14 municípios.

Chaves é o único cujo autarca diz não ter muita razão de queixa, já que de 2,3 milhões no ano passado passou para mais de oito milhões de euros este ano. João Baptista (PSD) realça que \"é um aumento de 400%, mas que vai quase todo para obras em curso do programa Polis, investimentos no hospital distrital, ampliação do Centro de Saúde n.º 1 e a conclusão da variante interna na freguesia da Madalena\". Recorda que \"faltam ainda verbas\" para outras obras.

Valpaços reclama

Vila Real (PSD) leva cerca de metade do valor atribuído a Chaves. Já Valpaços, outro bastião social-democrata, com uma dotação de 600 mil euros, tem razões para reclamar. O edil, Francisco Tavares, é o primeiro a dizer que \"o PIDDAC para Valpaços e para a região não é famoso\", acrescentado que \"é mesmo redutor em termos de investimentos\". Nada satisfeito também está o autarca de Peso da Régua, o socialista Vítor Almeida, que questiona: \"Há PIDDAC para o município de Peso da Régua?\". A resposta é 137 mil euros, considerados \"valores insignificantes, distribuídos pela biblioteca, museu do Douro e linha do Douro\".

Não há política

Para Ascenso Simões, deputado socialista, \"este PIDDAC revela que não existe uma política definida para atacar os problemas da região\". \"No tempo do PS seguiam-se mais as vertentes da solidariedade social, com apoios a instituições, da educação, com requalificação do parque escolar e construção de pavilhões, assim como a de segurança, com a construção de quartéis da GNR, PSP ou bombeiros\", explicou, convicto de que \"a execução jamais ultrapassará os 40%\".

Já o deputado do PSD Nazaré Pereira diz que \"é preciso não esquecer que hoje o PIDDAC não é o único instrumento de investimento público, mas apenas um deles\". No entanto, considera que \"é essencial continuar a investir na região para fixar e atrair população\", destacando \"o investimento na área cultural em Vila Real, as ligações a norte graças ao IP3, a qualidade de vida, de mais velhos e mais jovens, com uma boa rede de centros de saúde, lares de terceira idade, creches e infantários, por exemplo\".

Alijó tem contemplados mais de 3,5 milhões de euros, enquanto Mesão Frio se limita a 20 mil euros, Boticas a 400 mil, Mondim de Basto a 79 mil, Murça a 88 mil, Montalegre a 160 mil, Ribeira de Pena a 315 mil, Sabrosa a 190 mil, Santa Marta de Penaguião a 130 mil e Vila Pouca de Aguiar terá direito a 267 mil euros.



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