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Rio sem margens

Retrato de luis
Luis Ferreira

Rio sem margens

As margens condicionam os rios para que saibam por onde correr até se poderem espraiar no oceano imenso que se abre à sua frente. Todos os rios têm margens. É o GPS indispensável para que o caminho não se altere demasiado.

Ora acontece que as últimas eleições deixaram Rio quase sem leito e sem margens. Desgovernado e sem orientação, Rio tenta agora encontrar a segurança das margens e voltar ao leito original. Não será fácil. Este Rio tem demasiados afluentes, mas parece que nem todos correm na mesma direcção, muito embora queiram desaguar no mesmo oceano.

Faz-me lembrar este cenário o de Boris Johnson no Reino Unido, que parece estar cada vez mais desunido e sem rumo certo. As margens já as perdeu e o leito por onde corre é cada vez mais estreito. As verdadeiras margens estão a orientar outros interesses, que são obviamente contrários aos dele. Os objectivos são completamente diferentes. Ele quer sair da EU e os outros querem ficar. Aqui, a segurança parece estar no leito e nas margens da União Europeia que, pelos vistos, não é o que interessa a Johnson. Difícil a solução quer para o Reino Unido, quer para a União Europeia que não quer mais adiamentos. Parece-me que somente um novo referendo resolverá o que realmente quer a União Europeia e se assim for, a escolha será certamente a permanência. Acaba-se o Brexit e ainda bem.

Por cá, já Rio não pode navegar da mesma forma. A escolha de avançar pelo leito que ainda tem, parece ser o mais sensato, mas as margens são demasiado baixas e terá sempre de ter atenção aos afluentes. Alguns têm caudal volumoso e podem causar inundações perigosas.

O oceano para onde correm uns e outros é e será sempre o PSD. Disso ninguém duvida, ao que parece. No entanto, as margens extremam-se e a segurança deste Rio é pouco fiável. A verdade é que este desaguar de interesses pode ser conflituoso, o que não é nada bom para o grande oceano que os espera receber de braços abertos.

Entre montes, serras e rios, erguem-se outras barreiras difíceis de ultrapassar. Montenegro é um afluente que vai correndo em margens diferentes, mas com algumas margens seguras. Maria Luís pode ser uma dessas margens de Montenegro e a outra até pode ser a de Cavaco Silva que parece amparar Maria Luís Albuquerque. Montenegro é assim, o afluente que parece querer encher com a última chuvada e avançar destemido para o oceano tenebroso que o espera. Chegará lá?

Por outro lado, Rio permanece em sossego, no leito estreito, sem nada fazer a não ser, envolver-se na manta de silêncio que o cobre, sem sair da estreita margem que o sustem, deixando adivinhar que quer seguir o seu caminho até ao final.

Para o PSD isto não é vantajoso. Todos sabem que a mudança é necessária, embora isso não signifique uma nova liderança. O líder actual tem mais dois ou três meses para fazer alguma coisa de novo. Talvez uma nova estratégia a partir dos novos deputados dos quais ele faz parte e da composição da nova Assembleia onde haverá muita inexperiência. A sustentabilidade do governo de Costa vai depender muito dessa nova agremiação e do modo como ele vai gerir os interesses do governo e do país. Catarina não parece querer dar tudo de mão beijada, até porque ela não se dá muito bem com esse tipo de cumprimentos. Já o afirmou e continua a dizer que o relacionamento entre o BE e o PS nunca foi fácil e só existiu como um comprometimento nacional cujos interesses abarcavam o país inteiro. Agora, que o espetro político é um pouco diferente e apesar de Costa ter outra sustentabilidade, não lhe dá a certeza de chegar ao fim da legislatura. Aqui, as margens também são estreitas. Na margem esquerda tem a Catarina, na direita tem Rio. Quem o vai amparar? Muito embora o caudal seja maior, não significa que o leito de Costa o consiga segurar até ao desembocar final. Certamente não transbordará.

O que esperar então deste Rio? Sem leito seguro, sem margens que o amparem devidamente e com rumo débil, que caminho seguirá? Avança até às diretas ou até ao Congresso? Fica pelo caminho? Deixa-se ultrapassar pelos afluentes?

Pois a incógnita das margens por onde correm os rios do PSD não parecem nada seguras para impedir que eles percam caudal. Ficam mais estreitos à medida que eles avançam e nenhum parece receber mais enxurradas de modo a chamar as margens ao seu dever obrigatório de os amparar do descalabro final. O PSD está à espera que eles cheguem à foz ou que, pelo menos um deles, chegue com o caudal necessário para se afirmar no oceano imenso onde se irão espraiar.

Contudo, o que parece estar a acontecer é que todos os rios estão bem pouco caudalosos e o oceano que por eles espera não se engrandecerá tão depressa. Desafios das correntes.

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