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O nome das coisas

Retrato de luis
Luis Ferreira

O nome das coisas

Não sei, mas possivelmente a palavra “coisa/s” deve ser a que mais usada é na língua portuguesa para nos referirmos a tudo e a nada, especialmente em ocasiões onde a necessidade de nos expressarmos rapidamente falha a expressão conveniente e lá teremos de chamar a “coisa”. Deste modo, todas coisas são coisas e qualquer coisa é uma outra coisa qualquer.

Mas a verdade é que seja qual foi a coisa a que nos queremos referir, o melhor mesmo é chamá-la pelo nome e mesmo quando não nos lembramos dele, fazer um esforço de memória para que ele surja. Mas não é fácil. Tentar não custa! E não adianta rodear o assunto invocando “aquela coisa” uma série de vezes à espera que outra pessoa pronuncie o nome e nos livre de termos sido nós a chamar pelo nome o que deve ser chamado pelo nome. Enfim! Felizmente ainda há quem chame os bois pelo nome.

Todos sabemos o que é a Caixa Geral de Depósitos. Todos sabemos que é um Banco público. O maior Banco público nacional. Todos sabemos que tem uma nova administração que está a dar que falar e muito. Tanto que está a pôr em perigo não só a sua própria credibilidade como a de toda a banca portuguesa e do governo. Todos sabemos que a culpa de toda esta celeuma é a teimosia do novo administrador não querer declarar os seus rendimentos. Todos sabemos que isso “cheira muito mal”. Pois é.

Quando se advogam razões para que tal não se faça, temos de invocar outras que contradigam aquelas e até referir o porquê de elas existirem numa instituição pública que quer ser diferente de todas as outras instituições públicas. Quero eu dizer com isto que o facto de se querer justificar a atitude do senhor administrador com uma legislação que permite ou torna legal a ocultação dos seus rendimentos, não deveria existir pois não se compreende que um banco público não seja objecto de igual legislação que os outros ou tenha de ser diferente. Se todos são “obrigados” a declarar os seus rendimentos em situações análogas, por que razões o administrador da Caixa não é ou não pode ser sujeito ao mesmo procedimento? Que “coisas” haverá por trás de toda esta complicação que tanto impedem o administrador de cumprir o que se lhe exige e continuar a bater o pé, como se de uma birra de garotos se tratasse? Ora como diz o povo e com razão, quem não deve não teme e sendo assim, o senhor administrador, se nada teme, que declare os seus rendimentos e os torne públicos, já que está numa instituição pública e que a todos nós diz respeito. E não adianta o ministro das finanças reclamar de sua justiça, porque ele é um dos culpados de tal situação. O mesmo se passa com todo o governo ao querer defender o indefensável. Não sei se isto tem um nome mais apropriado. Digam vocês. Experimentem, mas não recorram à “coisa”.

No meio de tanta hipocrisia lá apareceu alguém com vontade de esclarecer todas estas “coisas” e adiantou que o melhor mesmo é o senhor administrador declarar os seus rendimentos. Bom Marcelo. É assim que se exprime um Presidente da República. Com verdade e pondo o nome nas coisas. Sempre quero ver o que é que ele vai fazer agora. Como ameaçou que se ia embora se o obrigassem a declarar os seus rendimentos, pode ser que o faça perante esta sugestão presidencial. Caso o não faça, o governo deveria ter a coragem de o demitir do cargo e ir saber que “coisas” estão a impedir que o senhor não cumpra o que lhe pedem ao mesmo tempo que o impedem de ganhar mil euros por dia, ou seja 30 mil por mês, ou seja quase meio milhão por ano. Quem assim faz e corre risco de não receber tal salário, é porque tem muitos outros rendimentos e não precisa de mais. Haja coragem de pôr o nome nas coisas e de dizer o que se passa afinal com este senhor. É assim tão importante e tão brilhante e indispensável na Caixa? Não haverá mais ninguém que não tenha segredos e não queira ocultar certas “coisas” como os seus rendimentos? Certamente que haverá. Ainda temos gente séria neste país e com vontade de ganhar um bom salário. Acabemos com as hipocrisias e já agora com os salários chorudos num país que passa os dias a contar tostões para pagar milhões a quem não deve. 

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