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Juventude irreverente

Retrato de luis
Luis Ferreira

Juventude irreverente

Nas últimas décadas já apelidámos a juventude de muitas formas e todas elas tinham algo de substancial nessa união. Nos nossos tempos e não no desta juventude, os anos 60 marcaram a grande transformação e afirmação da juventude perante uma sociedade bastante conservadora e ciosa dos seus princípios. E a Inglaterra foi o palco dessa enorme mudança. Nascia a famosa Generation Gap. Afirmou-se com novos princípios, novos valores, novas metas e objetivos, mas não abandonou a tradição. Foi o desapertar dos laços inibidores e o dizer o que queriam realmente. Foi a juventude do amor, da paz, da alegria e do repúdio pela guerra. E foi esta juventude que acabou por escolher como palco da sua afirmação maior, os Estados Unidos em 1969, para dar um outro salto e fazer nascer a juventude Hippie. Este salto foi mais perigoso e assustador para todo o mundo.

Desde essa altura, um pouco por todo o lado, a juventude tem tido laivos de mudança, mas de pouca duração. São tiques mais ligados a ondas musicais do que a uma mensagem global que agregue a juventude como um todo. Recorrem à moda e à música para ter alguma ligação, mas não basta. É muito pouco e o cimento é demasiado fraco para aguentar a obra feita que acaba por ruir.

Em Portugal a nossa juventude não é muito diferente das outras e vai facilmente a reboque do que a moda traz, do que vêm, do que ouvem e do que se diz. Não há um mote de afirmação digno e nacional que só a ela diga respeito.

Este fim-de-semana, fomos confrontados com notícias deveras decepcionantes, relativas ao comportamento de alguns milhares de alunos que resolveram ir para Espanha passar alguns dias de férias e comemorar o que supostamente seria o ano dos finalistas do ensino secundário.

Cerca de oito mil alunos portugueses espalharam-se pelo Sul de Espanha, em dois locais deferentes e resolveram dar largas a esse contentamento, numa euforia irreverente e inapropriada, que acabou mal. 

Mil alunos que estavam em Torremolinos, foram expulsos do hotel onde se sediaram porque praticaram atos indignos e desacatos com destruições à mistura, o que não foi aceite pelo dono e lhes deu ordem de expulsão depois de chamar a polícia. Os outros sete mil que estavam em outra localidade, divertiram-se, cantaram e dançaram e passaram uns dias esplêndidos sem causarem problemas a ninguém. Então porque é que estes sete mil se divertiram e souberam estar em harmonia e os outros mil só arranjaram complicações? 

Penso que é tudo uma questão de cidadania, de educação, de formação cívica para não ir mais longe. É urgente formar civicamente esta juventude que sem rumo certo, quer afirmar-se pela negativa, usando métodos que põem na lama o nome do país a que pertencem e das famílias que se vêm confrontadas com situações complicadas e comprometedoras.

Não pode ser através de métodos irreverentes e sem sentido como o deste fim-de-semana, que a nossa juventude se vai afirmar. É certo que também numa concentração desta natureza há sempre alguma irreverência comportamental, alguns excessos, mas é necessário saber até onde se pode ir e essas metas têm de lhe ser ministradas o quanto antes por quem de direito, sejam os professores, sejam os pais. Agora que parece voltar a Formação Cívica às escolas, é tempo de alertar para estes problemas de irreverência que não dão bons resultados a ninguém.

Depois de toda a poeira assentar, ouvimos várias versões, tanto dos alunos como dos pais ou mesmo dos espanhóis e até podemos ficar perplexos e sem decidir a quem atribuir as culpas, mas onde há fumo, há fogo e quem o ateou não foi certamente o dono do hotel. Mas se houvesse fogo, era fácil mil alunos apaga-lo imediatamente e o que vimos foi reanimá-lo ainda mais. Assim não! Sabemos que de Espanha não vem nem bom tempo, nem bom casamento, mas então porquê ir até lá quando temos cá locais esplêndidos para passar uns dias com os colegas e amigos? Puxem pela cabeça e esqueçam as euforias do Sul de Espanha que leva sempre a maus resultados. No ano passado morreu um aluno, lembram-se? Pois foi. E onde ficou a culpa? Ninguém a quis trazer. Irreverência, somente.
 

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