A câmara de Vila Real vai adquirir e reabilitar 32 casas degradadas para habitação social, num investimento de dois milhões de euros, para travar o processo de desertificação do centro da cidade, anunciou hoje a autarquia.

Preocupada com o «despovoamento» do centro da cidade transmontana, a autarquia apresentou uma candidatura, já aprovada, ao Instituto Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) para a aquisição e reabilitação de 32 casas.

Armando Vieira, da empresa municipal \"Vila Real Social\", disse à Agência Lusa que o projecto vai custar cerca de dois milhões de euros.

Ainda este ano, começam as obras de recuperação de três edifícios, já adquiridos pelo município, no bairro dos Ferreiros, que já foi um dos mais importantes centros económicos da cidade.

Aqui serão construídos sete apartamentos destinados a arrendamento social, num investimento de 650 mil euros, 40 por cento a fundo perdido e a restante verba proveniente das receitas da venda de casas no bairro social da Araucária.

O objectivo é, segundo Armando Vieira, criar mais habitação social e simultaneamente reabilitar um dos mais antigos bairros da cidade que, nas últimas décadas, foi ficando desertificado.

No século XIX, os ferreiros dominavam a actividade económica deste bairro, espalhando-se pelas suas ruas íngremes também vários serralheiros, moleiros, padeiros, alfaiates, sapateiros ou barbeiros.

Actualmente a actividade comercial naquela zona é muito reduzida, tendo os habitantes que \"subir à cidade\" para fazer compras ou tomar um café.

Depois, até 2013 a autarquia pretende adquirir mais casas antigas para transformar nas referidas 32 habitações sociais.

A intervenção será orientada pelo Gabinete Técnico de Habitação, da \"Vila Real Social\", que tem como áreas de intervenção o centro histórico da cidade, a Vila Velha e o bairro dos Ferreiros.

Por causa da situação económica e social que o país atravessa, a Vila Real Social - Habitação EEM decidiu ainda disponibilizar todo o apoio técnico (engenharia e arquitectura) para as famílias mais carenciadas que pretendam realizar obras de conservação e beneficiação habitacional no Centro Histórico.

Desta forma, a partir de quarta-feira, todas as famílias com fracos recursos económicos e que tenham intenção de melhorar a sua habitação poderão solicitar ajuda à empresa municipal para a elaboração de projectos, orçamentação da empreitada e acompanhamento da realização das obras.



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