A Câmara de Vila Real anunciou hoje um investimento de 350 mil euros na reabilitação do Parque Corgo, com vista à requalificação das margens do rio, eliminação dissonâncias ambientais e introdução de espécies autóctones.

O Parque Corgo, construído no âmbito do Polis de Vila Real com um investimento de 5,8 milhões de euros, abriu ao público em 2005 com cinco quilómetros de percursos pedonais.

Este espaço estende-se entre a zona da Timpeira e o Bairro dos Ferreiros, ao longo de cerca de três quilómetros, e rapidamente se tornou num sucesso, sendo percorrido diariamente por centenas de pessoas, quer a caminhar ou a correr.

Agora, segundo afirmou à agência Lusa o vereador do pelouro do ambiente, Miguel Esteves, o município quer requalificar o parque, torna-lo mais agradável e com mais condições de segurança para os utilizadores.

Os trabalhos destinam-se a eliminar as dissonâncias ambientais existentes, nomeadamente a presença de espécies exóticas infestantes, visa ainda a estabilização de taludes, preservação e valorização das margens ribeirinhas, que estão um pouco degradadas.

Para a construção do muro de gabião com estacaria viva, a autarquia vai encerrar a partir de segunda-feira e por cerca de três semanas, o percurso pedonal entre as piscinas de Codessais e os moinhos. Esta obra pretende resolver uma questão de segurança de quem circula nesse troço do parque.

Miguel Esteves salientou que, para a intervenção global no parque Corgo, serão utilizadas \"técnicas de engenharia verde\", ou seja procurar-se-á que o impacto dos trabalhos sobre o meio ambiente seja nulo ou muito pequeno.

A empreitada visa ainda valorizar e reabilitar o património autóctone local, reintroduzindo algumas destas espécies nesta zona.

Numa segunda fase, será ainda requalificada a antiga estação elevatória de Codessais que servirá como lugar de visitação, continuando ligada à temática da água.

Depois, segundo Miguel Esteves, será ainda intervencionado o edifício onde está instalada a Agência de Ecologia Urbana, no bairro dos Ferreiros, que se pretende reaproveitar para a realização de projetos e atividades ligados à preservação da biodiversidade.

Também o antigo moinho, junto à Timpeira, vai ser reabilitado e aberto ao público.

\"No fundo, queremos tornar a zona envolvente ao rio corgo mais atrativa e natural, desfazendo dissonâncias ambientais que foram ao longo destes anos introduzidas no rio. Queremos renaturalizar o rio\", sublinhou.

A intervenção deverá estar concluída, de acordo com Miguel Esteves, até junho.

Até lá, o município vai organizar visitas guiadas à empreitada, com o objetivo de mostrar aos cidadãos as técnicas utilizadas para a requalificação do Parque Corgo, sobretudo as ligadas à engenharia verde.

A iniciativa conta com o cofinanciamento do Programa Operacional Regional do Norte (ON2), através do Seivacorgo.

Este projeto insere-se no Programa da Biodiversidade de Vila Real, que inclui ainda a iniciativa \"Proteger é conhecer\" e conta com um financiamento global de 1,7 milhões de euros.



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