O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, que inclui os hospitais de Vila Real, Chaves, Régua e Lamego, prevê um investimento de 100 milhões de euros em obras e melhoria dos serviços nos próximos três anos.

O presidente do Conselho de Administração do centro hospitalar, Carlos Vaz, disse hoje à Lusa que esta unidade hospitalar tem assumido uma posição de referência em toda uma região que engloba Trás-os-Montes e Alto Douro e uma área do Norte dos distritos de Viseu e Porto.

Desde o dia 01 de Março, que o centro hospitalar passou a hospital central, uma promoção que traz mais autonomia financeira para proporcionar melhores cuidados médicos.

A nova designação surge devido à criação do serviço de urgência polivalente e da oferta de valências de nível superior na rede de diferenciação dos cuidados de saúde.

Com o objectivo de aumentar a qualidade dos serviços serão concretizados, no decorrer dos próximos três anos, investimentos na ordem dos 100 milhões de euros nos hospitais de Vila Real, Chaves, Régua e Lamego.

Segundo Carlos Vaz, cerca de 50 milhões de euros serão gastos na construção do novo hospital de proximidade de Lamego, cujo concurso público está a decorrer.

No hospital de São Pedro, em Vila Real, o responsável pretende ampliar a urgência e construir novas instalações para os cuidados intensivos, intermédios e intensivos coronários.

Será ainda construído de raiz um novo pavilhão, no actual parque de estacionamento, para a consulta externa e de ambulatório, onde ficará ainda instalada a Pediatria, Pneumologia, e Nefrologia.

Para o Hospital D.Luíz I, no Peso da Régua, está a ser ultimado o projecto para a criação de 32 camas de cuidados continuados.

O administrador destacou a nova unidade de radiologia e de hemodiálise, que já está em «pleno funcionamento».

Até 15 de Março, o centro hospitalar disporá ainda da Via Verde de enfarte agudo do miocárdio, que evitará a transferência dos utentes para o litoral.
Em Abril abre as portas o Centro Oncológico de Vila Real, que vai servir meio milhão de habitantes da região de Trás-os-Montes e Alto Douro e é uma das primeiras unidades do género a ser construída fora dos grandes centros urbanos, depois de Lisboa, Porto e Coimbra.

«Estamos na fase final de testes de funcionamento da estruturas e equipamentos médicos e de formação das equipas», salientou Carlos Vaz.

Esta nova unidade permitirá o tratamento de cerca de 80 por cento dos casos de cancro registados na região transmontana, designadamente, do pulmão, da próstata, do útero, da bexiga, da mama, do colo rectal, da pele e do estÎmago.

Para além da radioterapia, o centro vai ser também equipado com bloco operatório, hospital de dia e cuidados paliativos.

Com a entrada em funcionamento desta unidade de saúde verificar-se-á uma grande diminuição na deslocação de doentes para o Hospital de São João e o Instituto Português de Oncologia, ambos no Porto.

Para o primeiro ano está previsto o tratamento de cerca de 800 doentes oncológicos na nova unidade, estando o centro preparado para dar resposta aos cerca de 1.700 novos casos de cancro que se registam anualmente na região.

Carlos Vaz referiu ainda que se está a proceder à acreditação das quatro unidades hospitalares e salientou que está a tentar resolver a falta de um neurocirurgião, considerando que se trata da uma especialidade que não está implementada em Vila Real.

O responsável salientou a capacidade instalada no Centro Hospitalar, negando problemas na área da urgência resultantes do encerramento da urgência do hospital da Régua e do atendimento nocturno dos SAP de Alijó, Murça e Vila Pouca de Aguiar.

Segundo dados do centro hospitalar, a média diária de urgências em 2007 foi de 180.

A unidade de Vila Real efectuou mais 641 urgências em 2007 (total de 99.499) do que em 2006 (98.858).



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