A Diocese de Vila Real esclareceu ontem, em comunicado, que o padre condenado a 20 meses de pena suspensa por abuso sexual de menores se encontra suspenso do exercício do ministério sacerdotal e manifestou "profunda tristeza" pelo caso.

"Queremos tornar pública a nossa profunda tristeza pelos factos, e manifestar aos menores que foram vítimas, e às pessoas que lhes são mais chegadas, a nossa pena, a nossa proximidade e o nosso compromisso em fazer tudo o possível para que factos destes não se repitam no futuro", pode ler-se no documento assinado pelo bispo de Vila Real, Amândio Tomás.

A reação da diocese transmontana surge depois do jornal Correio da Manhã ter divulgado que o sacerdote foi condenado a 20 meses de pena suspensa pela prática do crime de abuso sexual de menores, nomeadamente duas meninas de 10 e 13 anos, por atos praticados através da rede social Facebook.

A pena foi confirmada já este mês pelo Tribunal da Relação de Guimarães.

No comunicado, a diocese explicou que recebeu a primeira denúncia contra o sacerdote de 31 anos, em outubro de 2013.

De imediato, afirmou, o sacerdote foi dispensado de todos os encargos que tinha, foi-lhe fixado domicílio, foi proibido de contactar menores e o caso foi comunicado à Santa Sé, o que aconteceu de acordo com as novas normas estabelecidas pelo papa Francisco.

A Diocese de Vila Real garantiu ainda que colaborou desde o início com as autoridades civis.

Depois de obtida a autorização devida da Santa Sé e realizado o processo penal canónico, foi aplicada ao sacerdote, já em 2016, uma pena de suspensão do exercício do ministério sacerdotal.

Esta suspensão é uma das sanções mais graves que estão previstas pelo Código de Direito contra um clérigo que abuse sexualmente de menores.

"A Diocese de Vila Real lamenta, profundamente, os danos causados às vítimas e a todos aqueles que sofreram e sofrem com as consequências dos atos do padre Pedro Ribeiro (...) e agradece a ajuda de todos para reforçar o combate por tornar a Igreja um ambiente seguro para os menores", refere ainda o documento.
Lusa



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