Foi encontrado morto, ontem de manhã, o pastor de Rebordochão, Vila Pouca de Aguiar, que se encontrava desaparecido há 11 dias. No passado dia 25, como fazia habitualmente, Diamantino dos Santos, de 50 anos, tinha ido apascentar o rebanho e nunca mais aparecera.

Ontem, quando faltavam ainda alguns minutos para as 8 horas, o corpo do pastor acabaria por ser descoberto pela própria mulher, no mesmo monte que, logo após o desaparecimento, GNR, bombeiros, cães especializados em buscas, amigos e familiares tinham \"passado a pente fino\".

Sem \"coragem\" para confirmar se o que lhe parecia \"uma perna\" era de facto Diamantino, a mulher, que se encontrava no local com as ovelhas, ligou para a família. \"Estava em estado de choque. Chamei logo o INEM e ela foi levada para as urgências\", contou, ao JN, a cunhada do pastor, Carla Sabino. O corpo de Diamantino viria depois a ser reconhecido por outros familiares, já com a presença da GNR e dos Bombeiros no local.

Para já, não há qualquer certeza sobre o sucedido. No entanto, os familiares admitem agora que Diamantino possa ter escorregado e batido com a cabeça, onde, de resto, apesar do estado de decomposição do cadáver, se notaria um hematoma. Em todo o caso, o desaparecimento já tinha sido comunicado à PJ, que aguardará agora o resultado da autópsia para tirar conclusões.

Apesar de ser uma hipótese, o trágico desfecho apanhou de surpresa a família de Diamantino. Depois de cessadas as buscas no terreno, os familiares do pastor espalharam fotografias do desaparecido por praticamente todas as localidades do distrito. Os resultados foram imediatos. Pouco tempo depois, receberam telefonemas de pessoas de Chaves, de Ribeira de Pena e até de Paredes (Porto) que lhes garantiram ter visto Diamantino. Ontem, as esperanças acabaram.

Ao contrário de Diamantino, um homem de 71 anos residente na aldeia de Vilartão, em Valpaços, que desapareceu num monte, nunca mais apareceu. Já lá vai mais de um ano e meio. Carlos Alberto Pereira foi visto pela última vez num terreno agrícola nas imediações da aldeia, onde tinha ido à lenha com um primo com quem residia. De repente, o septuagenário, que era mudo, terá começado a caminhar e a distanciar-se do familiar, que ainda o terá tentado alcançar, mas, por também já ser idoso, cansou-se e acabou por perdê-lo de vista.

Quando, juntamente com mais pessoas da aldeia, onde foi pedir ajuda, se deslocou outra vez ao local, de Carlos nem rasto. No dia seguinte, a GNR bateu a área, algo acidentada, com cães especializados em buscas, mas não foram encontrados sinais do idoso. Para o coordenador do Centro Distrital de Operações e Socorro de Vila Real, Carlos Silva, estas são \"situações pontuais\". \"Desde que estou em funções, há mais de um ano, é o primeiro caso desta natureza\", garante, referindo-se ao desparecimento do pastor .



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